Por que não é a mesma coisa: o pensamento de Emília Ferreiro, implicações para a compreensão do aprendizado da escrita e equívocos de abordagem noBrasil
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2022.e81044Resumo
O presente artigo retoma, analisa e discute a relação entre Epistemologia Genética e Psicogênese da Escrita para problematizar a (im)possibilidade de compatibilizar tais escopos com perspectivas teórico-pedagógicas histórico-críticas. Trata-se de uma reflexão fundamental para a definição de projetos formativos orientadores de currículos e trabalhos educativos, especialmente no âmbito da alfabetização. À luz dessa problematização, no presente estudo, enfrentamos os seguintes eixos de análise e discussão: (i) retomada de seu lugar no movimento histórico, (ii) sua assunção como procedimento metodológico de ensino em contradição com a própria teorização produzida pela autora e seu grupo de colaboradores e (iii) sua forma de conceber o objeto de conhecimento prioritário em sua elaboração teórica, a modalidade escrita da língua, na relação com a totalidade das manifestações simbólicas e da história da escrita. A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética, sinteticamente, ganhará contornos muito distintos a depender do fundamento teórico-filosófico preconizado.
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