Complexidade gramatical na fala em inglês: rumo à definição de uma proficiência oral específica de professores de inglês como língua estrangeira

Autores

  • Ana Cláudia Martins Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) campus de São José do Rio Preto - SP
  • Douglas Altamiro Consolo UNESP https://orcid.org/0000-0001-6247-8657

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2024.e95103

Palavras-chave:

Avaliação, Formação de professores de inglês como língua estrangeira, Complexidade gramatical, Competência linguística, Linguagem oral

Resumo

Considerando o contexto histórico de condições insatisfatórias no ensino de inglês como língua estrangeira (ILE) no Brasil (CONSOLO, 2017), este trabalho objetiva colaborar com os critérios analíticos de avaliação da gramática de um teste oral de um exame que avalia a proficiência oral de professores de ILE. Como o progresso de um aprendiz de língua estrangeira pode ser observado pelas formas gramaticais que ele produz adequadamente (LUOMA, 2004), optamos pelo aspecto complexidade gramatical, que é o grau de sofisticação dessas formas (ORTEGA, 2003). Os dados utilizados são de participantes do teste oral do EPPLE (Exame de Proficiência para Professores de Língua Estrangeira) e de aulas on-line de inglês em curso de Letras de uma universidade pública. A unidade de análise é a AS-unit (FOSTER et al, 2000). Analisamos como os tempos verbais compostos são caracterizados na fala dos participantes e apresentamos os resultados quantitativos e qualitativos obtidos.

Biografia do Autor

Ana Cláudia Martins, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP) campus de São José do Rio Preto - SP

Mestre em Linguistica pela UNESP.

Douglas Altamiro Consolo, UNESP

Professor Sênior da UNESP.

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Publicado

2025-03-07

Edição

Seção

Artigo