Antologia escolar brasileira do século XIX: a presença do autor no preâmbulo
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2016v13n3p1476Resumo
O objetivo deste artigo é discutir como o autor do Iris Classico, uma Antologia Escolar do Século XIX, dialoga no preâmbulo da obra com seus interlocutores e, ao assumir um posicionamento valorativo, marca a sua presença. Seletas como essa constituíram as aulas de Português na segunda metade do Século XIX, quando passaram a ser adotadas nos programas de Português do Imperial Colégio de Pedro II, e uma delas foi o Iris Classico, adotado entre 1860 a 1869. Com essa investigação, entende-se como os estudos escolares do vernáculo eram desenvolvidos, além disso, é uma forma de observar quais valores sobre língua estão presentes na obra e são anunciados pelo gênero introdutório preâmbulo na fase de gestão da disciplina curricular de Português. Tendo como referencial teórico-metodológico Bakhtin e o Círculo (BAKHTIN, 2010, 2013; MEDVIÉDEV, 2012), assim como Haidar (2008) e Razzini (2000, 2002, 2010). Os resultados alcançados permitem enxergar que a interlocução, no gênero, acontece entre o autor e: o Estado, o Imperador; a escola, aluno e professor; e as correntes teóricas de sua contemporaneidade, os intelectuais. Para cada interlocutor, o autor tem um posicionamento valorativo, marcando assim sua presença.
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