Discursos sobre la imposición del trabajo humano como criterio de resocialización
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n3p3966Resumen
Este artículo tiene como objetivo problematizar la centralidad de la esfera laboral como dimensión exclusiva de la posibilidad de reinserción social de reclusos que necesitan probar que pueden integrarse al mercado de trabajo para que tengan sus penas reducidas. Michel Foucault entiende la labor como fuerza política que promueve el ajustamiento de los individuos a la sociedad del trabajo. El sujeto se invierte de poderes al identificarse ciudadano laborioso, poniéndose en una posición social privilegiada que puede protegerlo de agresiones y castigos, concediéndole una identidad aceptable y alejándolo de los excluidos sociales. Los discursos sobre la esencialidad del trabajo en el sistema jurídico penal, haciendo hincapié en el trabajo como propuesta de reinserción social, se encuentran en el núcleo de las estrategias de poder, contribuyendo para excluir, criminalizar y punir a los desempleados. Analizamos algunos de esos discursos sobre el trabajo, planteando cuestionar a su omnipresencia positiva, denunciar la opresión de su obligatoriedad y su estrategia de disciplina.
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