Cuerpos que hablaln: Biopolitica y salud LGBTQI
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2019v16n3p3983Resumen
En una lectura de los cuerpos con base en las contribuciones foucaultianas sobre la Biopolítica, este artículo tiene por objetivo discutir las voces corporales de las identidades disidentes en sus procesos de transexualización. Identidades trans como expresiones legítimas del ser humano en modos de ser de sus cuerpos dichos no normales. En el análisis de testimonios en investigaciones realizadas con personas Trans, proponemos el debate en la perspectiva de dispositivos, como máquinas que establecen y mezclan, generando sentidos en la sociedad. Los discursos constituyen sus objetos, como prácticas que sistemáticamente dan forma a los objetos sobre los que hablan. El lenguaje es performativo, además de denotar y de connotar. El trabajo de deconstrucción contrasexual, rompe con toda una serie de binomios opositores y pone fin a la naturaleza como sujeción de los cuerpos, lo que supone que el sexo y la sexualidad (y no sólo el género) deben comprenderse como tecnologías socio-políticas.
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