El examen Celpe-Bras como mecanismo de política lingüística para candidatos al PEC-G

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2022.e74816

Resumen

El artículo analiza cómo el examen Celpe-Bras actúa como un mecanismo de política lingüística para los candidatos al Programa de Estudiantes-Convenio de Pregrado (PEC-G) que participan en un curso de portugués ofrecido por una universidad brasileña. La noción teórica central utilizada es la de mecanismos de política lingüística, según Shohamy (2006). El procedimiento metodológico para la generación de datos fue la realización de entrevistas semiestructuradas. El análisis se basó en el contenido temático, en la selección léxica y en los elementos argumentativos según Koch (2000, 2011). Las conclusiones apuntan a la alineación de los estudiantes con las recomendaciones oficiales del Celpe-Bras, especialmente en relación con el contacto con diferentes géneros del discurso como manera de aprender la lengua portuguesa. Sin embargo, existe una tendencia a estudiarlos como fines en sí mismos,  a partir de la memorización de sus características formales, configurando una posible distorsión de la propuesta del examen. Los estudiantes también usan la aproximación de las clases a lo que creen que es objeto de la evaluación del examen como criterio de la calidad del curso de portugués. El estudio contribuye a ampliar la discusión sobre la traducción de ideologías en prácticas de aprendizaje mediada por las pruebas como mecanismos de política linguística.

Citas

AMARAL, J. de B. Atravessando o Atlântico: o PEC-G e a cooperação educacional brasileira. 2013. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional) – Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Assuntos Educacionais. Países participantes. 2020a. Disponível em: http://www.dce.mre.gov.br/PEC/paises_participantes.php. Acesso em: 19 mar. 2020.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Divisão de Assuntos Educacionais. Histórico do programa: introdução. 2020b. Disponível em: http://www.dce.mre.gov.br/PEC/G/historico/introducao.php. Acesso em: 28 mar. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Celpe-Bras: cartilha do participante. Brasília, DF: 2019.

BRASIL. Ministério da Justiça. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 16, DE 3 DE OUTUBRO DE 2018

Altera a Portaria Interministerial nº 5, de 27 de fevereiro de 2018, e a Portaria Interministerial nº 11, de 3 de maio de 2018. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/43885878/do1-2018-10-04-portaria-interministerial-n-16-de-3-de-outubro-de-2018-43885761. Acesso em: 6 dez. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Certificado de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros: manual do examinando. Brasília: MEC/Inep, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Certificado de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros: guia do examinando. Brasília, DF: MEC/INEP, 2013.

BRASIL. Decreto n. 7.948, de 12 de março de 2013. Dispõe sobre o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação – PEC-G. Brasília, 23 mar. 2013.

BRASIL. Protocolo de 13 de março de 1998. Protocolo que entre si celebram o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Educação e do Desporto, para regulamentar o Programa de Estudantes Convênio de Graduação. Brasília, 13 mar. 1998.

CÂNDIDO, M. D. “Eu vejo o PEC-G como uma teia”: narrativas de professoras do curso de português como língua adicional para candidatos ao Programa de Estudantes-Convênio de Graduação. 2019. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2019.

CAVALCANTE, M. M.; CUSTÓDIO FILHO, V.. Revisitando o estatuto do texto. Revista do GELNE, v. 2, p. 56-71, 2010.

CORREA, D. A. Política linguística e o curso de licenciatura em Letras: um estudo inicial sobre o PEC-G. Linguagem em Foco, v. 2, n. 2, p. 39-52, 2010.

CUNHA, Maria Jandyra; SANTOS, Percília. O certificado de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros (Celpe-Bras): a possibilidade de um diagnóstico na Universidade de Brasília. In: CUNHA. Maria Jandyra (orgs.). Ensino e pesquisa em português para estrangeiros. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. p. 113-122.

DINIZ, Leandro Rodrigues Alves; BIZON, Ana Cecília Cossi. Discursos sobre a relação Brasil/África “lusófona” em políticas linguísticas e de cooperação educacional. Língua e Instrumentos Linguísticos, n. 36, jul./dez. 2015.

DIONÍSIO, Cynthia Israelly Barbalho. Uma análise documental das políticas linguísticas oficiais para o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G): olhar para trás para projetar à frente. Horizontes de Linguística Aplicada, Brasília, v. 19, n. 1, p. 73-101, 2020a.

DIONÍSIO, Cynthia Israelly Barbalho. Crenças sobre o exame Celpe-Bras de agentes envolvidos com o programa de estudantes-convênio de graduação (PEC-G). Travessias Interativas, Aracaju, 2020b. (no prelo).

DIONÍSIO, Cynthia Israelly Barbalho. O exame Celpe-Bras: mecanismo de política linguística para o Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). 2017. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2017.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2000.

KOCH, I. V. G; V. Argumentação e linguagem. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

MARCUSCHI, L. A. Análise da conversação. São Paulo: Ática, 1991.

MIRANDA, Yara Carolina Campos de. “Pelo mundo”: a configuração de uma política linguística no ensino de português como língua adicional em um curso para candidatos ao Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). Revista X, Curitiba, v. 3, n. 1, p. 116-140, 2018.

SCARAMUCCI, M. V. R. Proficiência em LE: considerações terminológicas e conceituais. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 36, p. 11-22, jul./dez. 2000.

SCARAMUCCI, M. V. R. CELPE-Bras: um exame comunicativo. In: CUNHA, Maria Jandyra; SANTOS, Percília. (orgs.). Ensino e pesquisa em português para estrangeiros. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. p. 105-112.

SCARAMUCCI, M. V. R. O projeto Celpe-Bras no âmbito do Mercosul: contribuições para uma definição de proficiência comunicativa. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. (org.). Português para estrangeiros: interface com o espanhol. Campinas, SP: Pontes, 1995. p. 77-90.

SCHLATTER, M. CELPE-Bras: certificado de língua portuguesa para estrangeiros – breve histórico. In: CUNHA, M. J; SANTOS, P. (org.). Ensino e pesquisa em português para estrangeiros. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1999. p. 97-104.

SCHLATTER, M.. et al. Celpe-Bras e Celu: impactos da construção de parâmetros comuns de avaliação de proficiência em português e em espanhol. In: ZOPPI-FONTANA, M. Ga. (org.). O português do Brasil como língua transnacional. Campinas: Editora RG, 2009.

SCHOFFEN, J.R. Gêneros do discurso e parâmetros de avaliação de proficiência em português como língua estrangeira no exame Celpe-Bras. 2009. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

SHOHAMY, E. Language policy: hidden agendas and new approaches. London: Routledge, 2006.

SHOHAMY, E. Critical language testing and beyond. Studies in Educational Evaluation, v. 24, n. 4, p. 331-345, 1998.

SILVA, R. M; R. da. O efeito retroativo do Celpe-Bras na cultura de aprender de candidatos ao exame. 2006. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2006.

Publicado

2022-05-19

Número

Sección

Artículo