O legado estruturalista: a linguística de Saussure e suas projeções na semiótica francesa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2025.e105132

Palavras-chave:

Linguística, Linguagem, Estruturalismo, Dicotomias saussurianas

Resumo

Este artigo tem por objetivo apresentar uma revisão teórica acerca do fenômeno linguístico à luz da perspectiva estrutural da linguagem, denominada como Estruturalismo, além de lhe visibilizar a importância ao longo das décadas e mostrar que se mantém operacionalizável e atual em estudos contemporâneos acerca da língua e da linguagem, como apontaremos, por exemplo, na sua relação direta com a formação da Semiótica Francesa. Embora essa corrente apresente diversas ramificações no campo da Linguística, sobretudo a moderna, a presente discussão restringir-se-á ao Estruturalismo desenvolvido por Ferdinand de Saussure, uma vez que este autor conferiu à língua um estatuto singular, estabelecendo bases fundamentais para a constituição da Linguística como ciência no contexto das ciências modernas. Nessa abordagem, portanto, serão examinadas as dicotomias saussurianas que sustentam essa teoria, a saber: língua e fala, significante e significado (com especial atenção a esta, posto que fundamenta a linha semiótica já indicada), sintagma e paradigma, sincronia e diacronia. Ademais, é nossa intenção fazer verificar a progressão dos estudos linguísticos ao longo da história, ainda que recortadamente, até o momento presente, em particular pelo desdobramento da glossemática hjelmsleviana e, em seguida, da semiótica greimasiana.

 

Biografia do Autor

Ricardo Loiola Vieira, Universidade de São Paulo

Doutorando em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Professor de Português de curso pré-vestibular.

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Publicado

2025-12-04

Edição

Seção

Artigo