O que é e o que não é um livro: materialidades e processos editoriais

Autores

  • Ana Elisa Ferreira Ribeiro Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2012v9n4p333

Resumo

Neste trabalho, propõe-se uma discussão sobre os e-books como produto marcado, não apenas por um enquadramento discursivo ou por um formato, mas também por um processo editorial ao menos parcialmente diferenciado do livro impresso. Além disso, conceitos como o de suporte e o de prática de leitura ajudam a tratar aspectos do modo de ler que estão em evidência quando se fala em livros e em e-books. Os dispositivos de leitura e a experiência do leitor parecem ter papel fundamental na proposição de um processo editorial para livros eletrônicos. Questiona-se aqui se, sendo os processos editoriais de livro impresso e e-book em parte diferenciados, além de terem e propiciarem formato e experiências bastante diferentes, caberia considerar o livro apenas como metáfora do novo produto editorial produzido para ser lido em novos dispositivos. Se os gêneros de texto inscritos são os mesmos, os objetos não o são, cabendo afirmar que o que caracteriza um livro não são, necessariamente, os gêneros que se publicam nele, mas outros elementos de sua caracterização. Embasam este trabalho as discussões de Eco e Carriere (2010), Darnton (2010), Chartier (1998; 2000; 2002) e Procópio (2010) sobre processos de edição. As discussões sobre suporte estão baseadas no trabalho de Távora (2008).

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Publicado

2013-03-13