Memória procedimental e linguagem: um estudo com pessoas que gaguejam falantes do português brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-8412.2014v11n3p218Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa experimental sobre a memória procedimental de pessoas que gaguejam (PQG) e falantes fluentes (FF) do Português Brasileiro (PB), a partir da relação entre o Modelo Pré-Motor Duplo de Alm (2005) e o Modelo Declarativo/Procedimental de Ullman (2001). Lança-se, então, uma hipótese acerca da conexão entre a presença de disfunções mnemônicas e o processamento linguístico das PQG. Os resultados encontrados por meio do Teste ASRT (Alternating Serial Reaction Time) apontaram para uma tendência de comportamento distinto entre os grupos. As PQG evidenciaram um aumento do tempo de reação à medida que se aumentava o número de ciclos (estímulos). O que interpretamos como uma possível dificuldade das PQG na aprendizagem implícita das sequências motoras. Já os FF apresentaram redução do tempo de reação à medida que se aumentava o número de ciclos, demonstrando que a aprendizagem procedimental para este grupo ocorreu de maneira mais rápida.
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