O processamento da anáfora “se” em português brasileiro e a influência da variação dialetal

Autores

  • Maria Cláudia Mesquita Lacerda Universidade Federal da Paraíba
  • Rosana Costa de Oliveira Universidade Federal da Paraíba
  • Márcio Martins Leitão Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-8412.2014v11n3p243

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi investigar se diferentes tipos de retomada [se, Ø, ele(a)] podem influenciar o processamento correferencial de estruturas reflexivas, relacionando a estas a semântica do predicado verbal. Para verificar se a variação dialetal do uso da anáfora se (uso, supressão, e substituição) poderia influenciar o processamento destas estruturas, foi realizado um experimento de leitura automonitorada em Minas Gerais e Paraíba. Os resultados evidenciaram um efeito significativo do tipo de retomada, indicando a possibilidade da influência de tipo de verbo. Acredita-se que as restrições sintáticas da teoria da ligação (CHOMSKY, 1981) foram ativadas em estágios iniciais de processamento (NICOL; SWINNEY, 1989), entretanto a interpretabilidade a partir da semântica verbal e a questão discursiva relacionada a fatores de uso (variação) fez com que houvesse uma reanálise pelo parser.

Biografia do Autor

Maria Cláudia Mesquita Lacerda, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Linguística / PROLING – UFPB / membro do Laboratório de Processamento Linguístico da UFPB (LAPROL – UFPB)

Rosana Costa de Oliveira, Universidade Federal da Paraíba

Professora Adjunta II / Pesquisadora do Laboratório de Processamento Linguístico da UFPB (LAPROL-UFPB)

Márcio Martins Leitão, Universidade Federal da Paraíba

Professor Adjunto IV / Coordenador do Laboratório de Processamento Linguístico da UFPB (LAPROL-UFPB)

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Publicado

2014-09-20