Estratégias acadêmicas e suas manifestações: o discurso e a prática

Autores

  • Haroldo Andriguetto Junior PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Victor Meyer Junior PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Lucilaine Pascucci PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Aureo dos Santos UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1983-4535.2011v4n3p126

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as estratégias acadêmicas e sua prática, examinando a realidade de uma universidade comunitária em Santa Catarina. O estudo está fundamentado nos trabalhos de Baldridge, Cohen e March, Weick, Keller, Hardy, Langley, Mintzberg e Rose, Hardy e Fachin, Birnbaum, Mintzberg e Meyer Jr., que destacam diversos fatores que fazem das universidades organizações complexas, atípicas e com implicações em seu gerenciamento. Trata-se de um estudo de caso que teve como foco de análise estratégias acadêmicas relevantes no período de 2001-2008. Os dados foram coletados junto às seguintes fontes: dados organizacionais, observações não participantes e entrevistas com base em narrativas com cinco gestores. A análise revela a presença de estratégias acadêmicas emanadas da administração superior do tipo “guarda-chuva”. As principais estratégias acadêmicas, de natureza emergente, surgem por iniciativas individuais e de pequenos grupos com a influência de aspectos racionais, políticos e simbólicos. As mais destacadas conclusões apontam para um discurso da administração superior centrado na racionalidade da gestão, privilegiando modelos empresariais incompatíveis com a realidade complexa da universidade. Revelou-se uma gestão acadêmica amadora, incremental e promotora de iniciativas estratégicas emergentes, com resultados significativos para o desempenho dos programas acadêmicos e da instituição.

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Publicado

2011-06-05