“Irrelevante”: a crítica de Nilson Lage à Teoria da Comunicação no ensino de Jornalismo
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2022.e86322Palavras-chave:
Jornalismo, Ensino, Teoria da comunicaçãoResumo
Este artigo delineia algumas das críticas e propostas referentes à teoria e epistemologia da comunicação tal como propostas por Nilson Lage em seu texto A comunicação decepcionante, publicado na página do Observatório da Imprensa em 2003. Busca-se não apenas situar o artigo no contexto de sua publicação, quase duas décadas atrás, mas também indicar seu lugar nos debates contemporâneos sobre o tema. O argumento se desenvolve em três movimentos principais. Destaca-se (1) a crítica ao lugar da Teoria da Comunicação nos cursos universitários; (2) a discussão sobre a validade de um discurso teórico sobre Comunicação a partir de outras disciplinas; e (3) suas articulações didático-pedagógicas no contexto do ensino universitário. Esses aspectos são pensados no âmbito das discussões correntes sobre Teoria da Comunicação.
Referências
AGUIAR, Leonel. As diretrizes curriculares e a formação específica em jornalismo. Alceu, Vol. 14, no. 27, jul-dez. 2013, p. 162-175.
ALBUQUERQUE, Afonso de; ROXO, Marco A. As Diretrizes Curriculares de Jornalismo e o modelo cartorial de ensino universitário. Questões Transversais, Vol. 3, no. 5, jan-jun. 2015, p. 1-9.
ANDRADE, Tatiana C. O. O saber do jornalismo. Goiânia: Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2015 (Doutorado em Comunicação).
BAPTISTA, Maria L. C. Disciplinas Teóricas: de entulho de currículo a campo do desejo e autopoiesis. Trabalho apresentado no XXVI Congresso Anual da Intercom. Belo Horizonte/MG, 02 a 06 de setembro de 2003.
BARTHES, Roland. Crítica e verdade. São Paulo: Perspectiva, 2003.
BRAGA, J. L. O conhecimento comunicacional: entre a essência e o episódio. In: FRANÇA, V. Veiga; SIMÕES, P. (Orgs.), O modelo praxiológico e os desafios da pesquisa em Comunicação (p. 119-137). Porto Alegre: Sulina, 2018.
BUENO, Thaisa; GEHLEN, Marco A. Formação em jornalismo na perspectiva docente. Cadernos de Comunicação. Vol. 21, no. 3, set-dez. 2017, p. 66-81.
DÓRIA, F. Dossiê. In: Revista de Cultura Vozes, No. Especial “Escolas de Comunicação e Profissionalização”. Petrópolis: Vozes, Ano 66, Vol. 66, No. 8, Out. 1972.
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva, 1995.
GOMES, Pedro G. Tópicos de teoria da comunicação. São Leopoldo: Unisinos, 1997.
HIME, Gisely V. V. C. Reflexões sobre o ensino de Teoria do Jornalismo. XVIII INTERCOM SUDESTE. Bauru: Anais… Bauru, 3 a 5 de julho de 2013.
HOHFELDT, A.; MARTINO, L. C.; FRANÇA, V. V. (orgs). Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2001.
LAGE, Nilson. A comunicação decepcionante. Observatório da Imprensa, 23 de abril de 2003b. Disponível em https://www.observatoriodaimprensa.com.br/primeiras-edicoes/a-comunicao-decepcionante/. Consulta em 02 de fevereiro de 2022.
LAGE, Nilson. A escola muda de perfil. Muda? Observatório da Imprensa, 9 de abril de 2003a. Originalmente disponível em https://www.observatoriodaimprensa.com.br/primeiras-edicoes/a-escola-muda-de-perfil-muda-2/. Menções feitas a partir de cópia em Word.
LIMA, Venício. Comunicação e Cultura: as ideias de Paulo Freire. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
LIMA, Venício. Mídia - Teoria e Política. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.
LIMA, Venício. Repensando as teorias da comunicação. In: MELO, J. M. Teoria e pesquisa em comunicação. São Paulo: Intercom: Cortez, 1983. p. 86-98.
LINS DA SILVA, Carlos E. Teoria da Comunicação. In. MELO, J. M. et alli (Orgs). Ideologia e Poder no Ensino de Comunicação. São Paulo, Cortez e Moraes, 1979.
MARTINO, Luiz C. (org.) Teoria da comunicação: muitas ou poucas? Cotia: Ateliê, 2007.
MARTINO, Luiz C. Os cursos de teoria da comunicação à luz do Jornalismo. Libero, ano 9, no. 17, 2006, p. 21-29.
MARTINO, Luis M. S. Genealogia dos Conceitos na Teoria da Comunicação: esboço de um panorama. Revista Alaic, v. 15, no. 1, 2018, p. 24-35.
MARTINO, Luiz C. Descontinuidades epistemológicas na Teoria da Comunicação: um estudo das taxonomias entre 1969 e 2011. Logos, v. 22, no. 1, 2015, p. 105-120.
MARTINO, Luiz C. A disciplinarização da epistemologia na(s) Teoria(s) da Comunicação. InTexto, v. 29, no. 1, 2013, p. 1-17.
MARTINO, Luiz C. A disciplina interdisciplinar. Logos, v. 19, no. 1, p. 17-28, 2012.
MARTINS, Juliane. Trajetória e tensionamentos da Área de Comunicação sob a ótica acadêmico-profissional. XX INTERCOM SUL. Anais… Porto Alegre: UFRGS, 20 a 22 de junho de 2019.
MEDITSCH, Eduardo. A aplicação das novas diretrizes curriculares: oportunidade para o reencontro do ensino de jornalismo com o que foi perdido em sua história. In: ALMEIDA, Fernando; SILVA, Robson B.; MELO, Marcelo B. M. O ensino de comunicação frente às diretrizes curriculares. São Paulo: Intercom, 2015.
MENEZES, Carlos. Apresentação. In: SÁ, Adísia (Org.). Fundamentos científicos da comunicação. Petrópolis: Vozes, 1971.
MORAES, Lilian S. S. As novas diretrizes curriculares para os cursos de jornalismo e o possível fortalecimento da ética profissional. REU, Vol. 43, no. 2, dez. 2017, p. 277-294.
PIGNATARI, Décio. Contracomunicação. São Paulo: Perspectiva, 1971.
TEMER, A. C. Teorizar é pensar a prática: uma reflexão sobre o ensino das Teorias da Comunicação nos Cursos de Jornalismo. 10º ENCONTRO NACIONAL DE PROFESSORES DE JORNALISMO. Anais... Goiânia: 27 a 30 de abril de 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao encaminhar textos à revista Estudos em Jornalismo e Mídia, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica. O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes. A revista Estudos em Jornalismo e Mídia está sob a Licença Creative Commons