Práticas de Representação: uma Cartografia de Experimentações na Cultura Midiática
DOI:
https://doi.org/10.5007/1984-6924.2023.e90333Palavras-chave:
Cultura Midiática, Representação, SemioseResumo
Os sentidos produzidos nas representações midiáticas atravessam os territórios simbólicos e imaginários. O cenário atual, de autoritarismos, precariedade do trabalho e pós-verdade, é preciso retomar práticas mais plurais e a representação midiática é arena importante. Busca-se neste texto uma reconfiguração de perspectivas representacionais capaz de dar respostas ao nosso tempo. Pensando a cultura das mídias como semiosfera (LOTMAN, 1996), locus de semioses diversas, a base conceitual e teórica parte de Stuart Hall (2003) e seu entendimento sobre as práticas de representação nas mídias para, em seguida, propor o deslocamento de grandes pressupostos rumo a um ato de pensar criativo frente aos signos (DELEUZE, 2006) e propõe experimentos de linguagem, nos termos Giorgio Agamben (2017), para reposicionar a representação em novas bases éticas e políticas. Pelo método cartográfico aplicado à comunicação, este trabalho identifica um corpus inicial que passa por dois eixos: jornalismo e cultura pop.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Autêntica: Belo Horizonte (MG), 2017.
AGAMBEN, Giorgio. A experiência da língua. Rio de Janeiro: Rotaplan Gráfica, 2018.
AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Belo Horizonte (MG): Autêntica Editora, 2016.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Paz e terra: São Paulo, 2018.
DELEUZE, Gilles. Michel Foucault: o poder. São Paulo: editora filosófica politeia, 2020.
DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. São Paulo: Editora 34, 2000.
FERREIRA, Gustavo. A filosofia de programação musical do algoritmo. Radiofonias – Revista de Estudos em Mídia Sonora. Mariana-MG, v. 12, n. 03, p. 57-85, set./dez. 2021.
FOUCAULT, Michel. Governo de si e dos outros. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide – para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre, Tchê, 1987.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Apicuri/PUC-Rio, 2016.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia. Bauru (SP): Edusc, 2001.
LAZZARATO, Maurizio. Signos, máquinas e subjetividades. São Paulo: N-1 Edições, 2014.
LOTMAN, Iuri. Culture and explosion. New York: Mouton de Gruyter, 2004.
LOTMAN, Iuri. La semiosfera I. Semiótica da cultura y del texto. Madri: Ediciones Frónesis Cátedra Universitat de Valencia, 1996.
MBEMBE, Achille. Políticas de inimizade. São Paulo: N-1 Edições, 2020.
NASSIF, Luis. O caso Veja: o naufrágio do jornalismo brasileiro. Paraná: Kotter, 2021.
NÚCLEO JORNALISMO. Sobre o Núcleo, c2020. Página inicial. Disponível em: https://www.nucleo.jor.br/sobre/. Acesso em: 20 fev. de 2022.
ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense, 1986.
ORTIZ, Renato. Imagens do Brasil. Revista Sociedade e Estado. V. 28, n. 3, set/dez, p. 609-633, 2013.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Ao encaminhar textos à revista Estudos em Jornalismo e Mídia, o autor estará cedendo integralmente seus direitos patrimoniais da obra à publicação, permanecendo detentor de seus direitos morais (autoria e identificação na obra), conforme estabelece a legislação específica. O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação. As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes. A revista Estudos em Jornalismo e Mídia está sob a Licença Creative Commons