Os processos de politização
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n37p18Resumo
O artigo discute os processos de politização do espaço social como fenômeno central da construção de uma ordem política no Ocidente, a qual implicou o surgimento de diferentes esferas de atividades especializadas que historicamente se diferenciaram e se institucionalizaram. A análise demonstra diversas formas pelas quais outras esferas sociais são requalificadas em termos políticos por certos atores, em um processo de transgressão e mistura entre campos ou setores da sociedade, o qual também tem efeitos importantes sobre a ordem política e suas instituições. Por aparecer como transgressão da diferenciação fundamental dessas ordens, ou espaços de atividades, e das categorias que permitem classificá-los, a politização suscita um intenso trabalho de legitimação, que exige a convergência possível dos objetivos de atores que, no entanto, incarnam papéis diferenciados.Referências
BOLTANSKI, L.; THÉVENOT, L. Les économies de la grandeur. Paris: PUF, 1991.
BOSC, C. Émergences et négociation des politiques environnmentales locales à Lyon et à
Montpellier. Thèse (Doctorat en Science Politique) – Université de Montpellier 1, Perpignan,
BOURDIEU, P. Le sens pratique. Paris: Minuit, 1980.
______. Ce que parler veut dire. Paris: Fayard, 1982.
______. Esquisse d’une théorie de la pratique. Paris: Seuil, 2000.
DAUVIN, P.; SIMÉANT, J. Le travail humanitaire. Les acteurs des ONG, du siège au
terrain. Paris: Presses de Science Po, 2002.
DOBRY, M. Sociologie des crises politiques. Dynamiques des mobilisations multisectorielles.
Paris: Presses de Science Po, 1992.
FRETEL, J.; LAGROYE, J. Faire avec ce qu’on a: la mobilisation des réseaux à Rouen. In:
LAGROYE, J.; LEHINGUE, P.; SAWICKI, F. (Dir.). Mobilisations municipales. Paris:
PUF/CURAP, 2003.
GILLET, S. Quels souvenirs pour quelle mémoire politique? In: DUCLERT, V.;
PROCHASSON, C.; SIMON-NAHUM, P. et al. (Dir.). Il s’est passé quelque chose... le 21
avril 2002. Paris: Denoël, 2003.
JULLIARD, J. Autonomie ouvrière. Études du syndicalisme d’action directe. Paris: EHESS/
Gallimar/Le Seuil, 1988.
LAGROYE, J. (Dir. ). La politisation. Paris: Belin, 2002.
LEFEBVRE, R. Le socialisme saisi par l’institution municipale. Jeux d’échelles. Thèse
(Doctorat en Science Politique) – Université de Lille 2, Lille, 2001.
OFFERLÉ, M. Illégitimé et légitimation du personnel politique ouvrier en France avant
Annales ESC, v. 39, n. 4, 1984.
PERRINEAU, P. Le symptôme Le Pen. Paris: Fayard, 1997.
PHÉLIPPEAU, É. L’invention de l’homme politique moderne. Mackau, L’Orne et la
République. Paris: Belin, 2002.
POULAT, É. Les prêtres-ouvriers: naissance et fin. Paris: Le Cerf, 1999.
SAINTENY, G. L’introuvable écologisme français. Paris: PUF, 2000.
Thénard, J.-M. Libération,19 abr. 2002.
SCHWEISGUTH, E. La dépolitisation en questions. In: GRUNBERG, G.; MAYER N.;
SNIDERMAN, P. M. La démocratie à l’épreuve. Une nouvelle approche de l’opinion des
Français. Paris: Presses de Science Po, 2002.
YSMAL, C. Le Figaro, 23 abr. 2002.
WEILL, N. Le Monde, 11 jun. 2002.
Wenz-Dumas, F. Libération, 30 abr. 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados em Política & Sociedade, periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.