Contradições do romantismo brasileiro: Santa Rita Durão, Gonçalves de Magalhães e o problema da conquista

Autores/as

  • Rafael Mantovani UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2023.e84468

Palabras clave:

Indianismo, Conquista, Soberania, Confederação dos Tamoios, Caramuru

Resumen

Pretende-se examinar a relação contraditória entre algumas obras do romantismo brasileiro. Com a independência do Brasil, Ferdinand Denis e Almeida Garrett se arrogaram a tarefa de determinar as características do que seria uma literatura romântica efetivamente nacional. O indianismo e a valorização da natureza eram dois elementos imprescindíveis que ambos encontraram nas obras O Uraguai de Basílio da Gama e Caramuru de José de Santa Rita Durão, publicadas no século XVIII. Em meados do século XIX, Gonçalves de Magalhães decidiu escrever a obra épica efetivamente brasileira para homenagear o Segundo Reinado. Contudo, ao escolher o evento histórico em que poderia cantar a glória dos índios e dar vazão ao antilusitanismo da época, acabou expondo o problema da conquista, que vai de encontro à narrativa da soberania, e colocando no grito do exterminado a legitimidade do exterminador.

Biografía del autor/a

Rafael Mantovani, UFSC

Professor adjunto do Departamento de Sociologia e Ciência Política e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina. Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo. E-mail: rafael.mantovani@ufsc.br; ORCID: http://orcid.org/0000-0002-4940-8328

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Publicado

2024-03-08