A “teoria do Brasil” dos positivistas ortodoxos brasileiros: composição étnica e independência nacional

Autores

  • Gustavo Biscaia de Lacerda Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n35p271

Resumo

Podemos definir como “teoria do Brasil” o conjunto de concepções que um autor ou um grupo político-intelectual possui a respeito da história e da estrutura da sociedade e do Estado brasileiros, bem como de suas relações mútuas; essas concepções costumam ser incluídas no “pensamento político e social brasileiro”. Nesse sentido, os positivistas ortodoxos brasileiros – ou seja, aqueles ligados à Igreja Positivista do Brasil, especialmente Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes – tinham a sua “teoria do Brasil”. Embora haja estudos sobre alguns aspectos do pensamento e da prática dos positivistas (como a respeito da escravidão), há uma importante lacuna na literatura a respeito da sua “teoria do Brasil”. Dessa forma, o presente artigo pretende abordar precisamente essa questão, tratando de modo específico (1) da formação étnica brasileira e (2) das condições sociais e políticas brasileiras que conduziram à Independência nacional, em 1822; para isso, serão analisados alguns documentos escritos por Teixeira Mendes. Preliminarmente serão expostos alguns elementos da doutrina positivista, conforme definida por Augusto Comte; já nas conclusões são expostas algumas considerações sobre a importância política e intelectual dos positivistas no Brasil e na área acadêmica do “pensamento político brasileiro”.

Biografia do Autor

Gustavo Biscaia de Lacerda, Universidade Federal do Paraná

Doutor em Sociologia Política e “pós-doutor” em Teoria
Política, ambos pela UFSC, e sociólogo da UFPR.

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Publicado

2017-06-09

Edição

Seção

Artigos