Por que o desenvolvimento ontogenético foi tratado como uma “caixa preta” na síntese moderna da evolução?

Autores/as

  • Leonardo Augusto Luvison Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Aldo Mellender de Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2015v19n2p263

Resumen

A Síntese Moderna da Evolução tratou o desenvolvimento ontogenético como uma “caixa preta”. Neste artigo pretendemos defender que a ausência do desenvolvimento ontogenético na Síntese Moderna se deveu, em grande medida, à forte fundação dessa disciplina na genética da transmissão. São discutidas três estratégias de pesquisa da genética da transmissão que estiveram diretamente envolvidas com a omissão do desenvolvimento ontogenético na Síntese Moderna: (i) o modelo de herança de partículas; (ii) a população como locus de pesquisa; (iii) e a adoção de ferramentas experimentais que procuraram remover “flutuações não hereditárias” de origem ambiental e ontogenética. Essas práticas contribuíram para a solidez da herança genética, mas também excluíram o desenvolvimento ontogenético da explicação causal da hereditariedade e evolução dos seres vivos. Procuramos argumentar que essa perspectiva foi central na Síntese Moderna, sendo importante para manter o poder explicativo da disciplina. 

Biografía del autor/a

Leonardo Augusto Luvison Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Colégio de Aplicação

Aldo Mellender de Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Genética.

Publicado

2015-05-03

Número

Sección

Articles