Uma objeção à concepção disposicional dos fenômenos mentais inconscientes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2018v22n3p507

Resumen

O artigo propõe uma objeção à teoria que entende os fenômenos mentais inconscientes como disposições. Após uma discussão sobre diferentes aspectos da consciência como propriedade de estados mentais (seção 2), é discutida a descrição de um fenômeno em termos parcialmente disposicionais (seção 3). O exame de alguns casos concretos de nosso funcionamento psicológico mostra que existem pelo menos alguns estados inconscientes que possuem existência mental ocorrente – não disposicional (seção 4). Portanto, a teoria disposicional não consegue salvar a visão cartesiana (seção 5).

Biografía del autor/a

Tárik de Athayde Prata, Universidade Federal de Pernambuco

Graduado em Psicologia e Mestre em Filosofia Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutor em Filosofia pela Ruprecht-Karl Universität Heidelberg (Alemanha). Professor Associado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desenvolve pesquisas nas áreas de Filosofia da Mente e Filosofia da Psicologia.

Citas

Adam, Ch. (Org.); Tannery, P. (Org.). Ouvres de Descartes – Meditationes de prima philosophia. Paris: Vrin, 1996. (Vol. VII).

Adam, Ch. (Org.); Tannery, P. (Org.). Ouvres de Descartes – Méditations et príncipes (traduction française). Paris: Vrin, 1996. (Vol. IX).

Armstrong. A. A Materialist Theory of Mind. London: Routledge & Kegan Paul, 1968.

Armstrong. A. “What is Consciousness?”. In: Block, N. (Org.); Flanagan, O. (Org.); Güzeldere, G. (Org.). The Nature of Consciousness: Philosophical Debates. Cambridge (Massachusetts): MIT Press, pp. 721-728, 1997.

Armstrong, A. The Mind-Body Problem: An Opinionated Introduction. Boulder (CO); Oxford (UK): Westview Press, 1999.

Atkinson, R. et al. Introdução à psicologia de Hilgard. 13ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Bieri, P. “Was macht Bewusstsein zu einem Rätsel?” In: Metzinger (Org.) Bewusstsein: Beiträge aus der Gegenwartsphilosophie. 3a ed. Paderborn, Munique, Viena, Zurique: Schöningh, 1996.

Block, N. “On a Confusion About a Function of Consciousness” In: Block, N. (Org.); Flanagan, O. (Org.); Güzeldere, G. (Org.). The Nature of Consciousness: Philosophical Debates. Cambridge (Massachusetts): MIT Press, pp. 375-415, 1997.

Boag, S. “In defense of unconscious mentality”. In: Boag, S. (Org.); Brakel, L. A. W. (Org.); Talvitie, V. (Org.). Psychoanalysis and Philosophy of Mind: Unconscious Mentality in the Twety-First Century. London: Karnac Books, pp. 239-65, 2015.

Brentano, F. Psychologie vom empirischen Standpunkt. 2ª ed. Leipzig: Meiner, 1924. [Original de 1874].

Brentano, F. Psychology from an empirical standpoint. London: Routledge & Kegan Paul, 1995.

Chalmers, D. “Facing Up To The Problem of Consciousness”. Journal of Consciousness Studies. Vol. 2, no 3, pp. 200-219, 1995.

Chalmers, D. The Conscious Mind: In Search of a Fundamental Theory. Oxford: Oxford University Press, 1996.

Descartes, R. Discurso do método; Meditações; Objeções e Respostas; As Paixões da Alma; Cartas. 2ª Edição. São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores), 1979.

Freud, S. “Einige Bemerkungen über den Begriff des Unbewussten in der Psychoanalyse (1912)”. In: Psychologie des Unbewussten. Frankfurt am Main: Fischer Taschenbuch Verlag, pp. 25-36, 1982. (Studienausgabe Band III).

Gennaro, R. Consciousness and Selfconsciousness: a Defense of the Higher Order Thought Theory of Consciousness. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing, 1996.

Güzeldere, G. “Introduction – Many Faces of Consciousness: A Field Guide” In: Block, N. (Org.); Flanagan, O. (Org.); Güzeldere, G. (Org.). The Nature of Consciousness: Philosophical Debates. Cambridge (Massachusetts): MIT Press, pp. 1-67, 1997.

Husserl, E. Logische Untersuchungen II: Untersuchungen zur Phanomenologie und Theorie der Erkenntnis. Den Haag: Martinus Nijhoff, 1984. (Husserliana XIX/Parte 2).

Husserl, E. Investigações Lógicas: Segundo volume, parte I: Investigações para a Fenomenologia e Teoria do Conhecimento. Trad. Pedro M. S. Alves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.

Kriegel, U. “Consciousness as Intransitive Self-Consciousness: Two Views and an Argument”. Canadian Journal of Philosophy, Vol. 33, No. 1, pp. 103-132, Mar., 2003.

Kriegel, U. “Consciousness and Self-consciousness”. The Monist, Vol. 87, No 2, pp. 182-205, 2004.

Kriegel, U. Subjective Consciousness: A Self-Representational Theory. Oxford: Oxford University Press, 2009.

McCulloch, G. Using Sartre: An Analitical Introduction to Early Sartrean Themes. Londres; Nova Iorque: Routledge, 1994.

Marques, E. “Consciência e autoconsciência em Leibniz”. Analytica, Vol. 21 nº 1, 2017, pp. 67-83.

Rosenthal, D. “Two Concepts of Consciousness”. In: Philosophical Studies 49, pp. 329-59, 1986.

Rosenthal, D. “A Theory of Consciousness”. In: Block, N. (Org.); Flanagan, O. (Org.); Güzeldere, G. (Org.). The Nature of Consciousness: Philosophical Debates. Op. cit., pp. 729-753, 1997.

Sartre, J.-P. L’être et le neánt: essai d’ontologie phénoménologique. Paris: Gallimard, 1943.

Sartre, J.-P. La transcendece de l’Ego – esquisse d’une description phénoménologique. Paris: Vrin, 1966.

Sartre, J.-P. O imaginário: psicologia fenomenológica da imaginação. São Paulo: Editora Ática, 1996.

Sartre, J.-P. O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica. Petrópolis: Vozes, 1997.

Sartre, J.-P. “A transcendência do ego – esboço de uma descrição fenomenológica” In: Cadernos Espinosanos, XXII, pp. 183-228, 2010.

Searle, J. R. The Rediscovery of the Mind. Cambridge Mass., London: MIT Press, 1992.

Searle, J. R. A Redescoberta da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

Searle, J. R. Mind: A Brief Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2004.

Searle, J. R. Seeing Things as They Are: A Theory of Perception. Oxford: Oxford University Press, 2015.

Van Gulick, R. “Why the Connection Argument Doesn’t Work”. Philosophy and Phenomenological Research. Vol. LV, No 1, pp. 201-207, 1995.

Van Gulick, R. “Consciência”. Investigação filosófica, Vol. E2, Artigo digital 2, 2012.

Publicado

2018-12-28

Número

Sección

Articles