Será que ainda somos cartesianos? Breve excurso sobre a ideia de vida
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2020v24n3p523Resumen
A interrogação que preside a este ensaio não busca, à maneira heideggeriana, o impensado esquecimento de um certo desenvolvimento historial, mas há de apenas delimitar o estado da arte da visão cartesiana do mundo. Para o efeito, no entanto, não vai além do horizonte epistêmico da Filosofia da Biologia, porque o seu principal objectivo consiste em diagnosticar a “crise de identidade” da Biologia, cujo sucesso experimental não deve camuflar a sua “depressão epistemológica”. Na verdade, trata?se de uma disciplina que, entre física e metafísica, ainda não encontrou o seu espaço teórico. Ora, é possível remontar tal dificuldade à raiz filosófica da Modernidade. Assim sendo, impõe?se uma avaliação da mutação paradigmática que Descartes introduz na ordem do saber, de acordo com a qual a investigação racional passa a ter por destino o domínio da Natureza.
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