Teria o Metro-Padrão um metro?
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2015v19n3p465Resumo
Saul Kripke (1972) defende a existência de proposições conhecíveis \textit{a priori} que são contingentemente verdadeiras. Kripke usa como exemplo um caso apresentado por Wittgenstein (1953) sobre o Metro-Padrão de Paris. O Metro-Padrão é um objeto cuja a finalidade é determinar o comprimento padrão, no sistema de medidas, da unidade metro. De acordo com Wittgenstein, não podemos afirmar que o Metro-Padrão tem ou não \textit{um metro}, uma vez que ele é o padrão da medida e funciona como uma regra da linguagem. Portanto, a frase “o Metro-Padrão tem \textit{um metro}” é destituída de valor de verdade. Por outro lado, Kripke defende que tal frase não só expressa uma proposição verdadeira, como também é conhecida \textit{a priori} por aquele que estipulou que aquele objeto seria o padrão de medida. Pretendo defender neste artigo a posição de Kripke, fazendo uma análise da disputa e posteriormente respondendo a possíveis objeções de defensores da tese de Wittgenstein.
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