A objeção de Thomas Reid à teoria Lockiana da identidade pessoal
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2020v24n1p147Resumo
O objetivo do artigo é apresentar duas maneiras distintas de se responder à objeção de Thomas Reid à teoria da identidade pessoal de John Locke. Em primeiro lugar, argumentar-se-á que a crítica reidina não é efetiva porque parte de uma compreensão equivocada da teoria de Locke. A identidade da pessoa não é preservada pela continuidade psicológica da consciência, como Reid a entendeu, mas por sua continuidade ontológica: a existência de uma mesma consciência preserva a identidade da pessoa. Em segundo lugar, argumentar-se-á que é possível responder a esta objeção a partir da observação de que a identidade da pessoa é preservada pela identidade do homem: pessoa e homem estão conectados por meio da noção de corpo.Referências
ALLISON, H. (1966) Locke's Theory of Personal Identity: A Re-Examination. Journal of the History of Ideas. Volume XXVII, número 1, pp. 41-58.
ALSTON, W., BENNETT, J. (1988). Locke on People and Substances. The Philosophical Review. Volume XCVII, número 1, pp. 25-46.
ATHERTON, M. (1983) Locke’s Theory of Personal Identity. Midwest Studies in Philosophy. Volume VIII, número 1, pp. 273-293.
BENNETT, J. (1999). Locke’s Philosophy of Mind. The Cambridge Companion to Locke. Vere Chappell (editora). Cambridge: Cambridge University Press, pp. 89-114.
BOEKER, R. (2016). The Role of Appropriation in Locke’s Account of Persons and Personal Identity. Locke Studies. Volume XVI.
FLEW, A. (1951). Locke and the Problem of Personal Identity. Philosophy. Volume XXVI, número 96, pp. 53-68.
FORSTROM, J. (2010) John Locke and Personal Identity: Immortality and Bodily Ressurrection in Seventeenth-Century Philosophy. London e New York: Continuum.
GORDON-ROTH, J. (2015). Locke on the Ontology of Persons. The Southern Journal of Philosophy. Volume LIII, número 1, pp. 97-123.
GUSTAFSSON, J. (2010) Did Locke Defend the Memory Continuity Criterion of Personal Identity? Locke Studies. Volume X, pp. 113-129.
HUME, D. (2001). Tratado da Natureza Humana. Deborah Danowski (tradutora). São Paulo: Editora UNESP – Imprensa Oficial do Estado.
LOCKE, J. (1999). Ensaio sobre o Entendimento Humano. Eduardo Abranches Soveral (tradutor). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
MCINTYRE, J. (2009). Hume and the Problem of Personal Identity. The Cambridge Companion to Hume: Second Edition. David Norton (editor). Cambridge: Cambridge University Press.
REID, T. (2002). Essays on the Intellectual Powers of Man. Derek Brookes (editor). Edinburgh: Edinburgh University Press.
SIMENDIC, M. Locke’s Person is a Relation. Locke Studies. Volume 15, pp. 79-97.
UZGALIS, W. (1990). Relative Identity and Locke's Principle of Individuation. History of Philosophy Quarterly. Volume VII, número 3, pp. 283-297.
WEINBERG, S. (2011). Locke on Personal Identity. Philosophy Compass. Volume VI, número 6, pp. 398-407.
WEINBERG, S. (2012). The Metaphysical Fact of Consciousness in Locke’s Theory of the Personal Identity. Journal of the History of Philosophy. Volume L, número 3, pp. 387-415.
WINKLER, K. (1991). Locke on Personal Identity. Journal of the History of Philosophy. Volume XXIX, número 2, pp. 201-226.
YAFFE, G. (2007). Locke on Ideas of Identity and Diversity. The Cambridge Companion to Locke’s ‘Essay Concerning Human Understanding’. Lex Newman (editor). Cambridge: Cambridge University Press, pp. 191-230.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

A obra Principia de http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/principia/index foi licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Com base na obra disponível em www.periodicos.ufsc.br.