O nível de treinamento não influencia a percepção subjetiva de esforço durante um teste incremental

Autores

  • Bruno de Paula Caraça Smirmaul Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • José Luiz Dantas Universidade Estadual de Londrina
  • Eduardo Bodnariuc Fontes Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Alexandre Hideki Okano Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Antonio Carlos de Moraes Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2010v12n3p159

Resumo

Níveis de treinamento distintos, associados à experiência em realizar esforços exaustivos podem produzir diferentes sensações frente à fadiga. O objetivo deste estudo foi comparar a percepção subjetiva de esforço (PSE) entre ciclistas e não-ciclistas durante teste incremental máximo (TIMAX). Participaram do estudo 23 indivíduos que foram divididos em grupo ciclistas (GC) (n = 12; idade 26,5 ± 4,7 anos; massa corporal 68,2 ± 11kg; estatura 176 ± 8,6cm) e grupo não-ciclistas (GNC) (n=11; idade 25,2 ± 4,0 anos; massa corporal 72,9 ± 9kg; estatura 175,1 ± 6,3cm). Todos realizaram um TIMAX, até a exaustão, do tipo rampa em ciclossimulador, com início a 0 W e incrementos de 20 W.min-1. Durante TIMAX a PSE foi aferida e anotada a cada 30 segundos de teste e, ao final, a potência máxima (PMAX) atingida pelos indivíduos. O tempo total de cada teste foi normalizado em porcentagens (de 10% a 100%, intervalos de 10%), e foi anotada a respectiva PSE para cada intervalo. Os valores de PMAX para GC e GNC foram 368 ± 12,7W e 256 ± 11,2W, respectivamente (P < 0,01). Os valores das medianas das PSE para GC e GNC não apresentaram diferença significativa para nenhuma porcentagem de tempo. Conclui-se que as respostas de PSE não sofreram alterações entre GC e GNC durante TIMAX, sugerindo que o nível de treinamento não influencia a PSE.

Biografia do Autor

Bruno de Paula Caraça Smirmaul, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Bruno de Paula Caraça Smirmaul é graduando pela Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é membro do Grupo de Estudos e Pesquisa do Sistema Neuromuscular (GPNeurom) junto ao Laboratório de Estudos Eletromiográficos (LEE) da UNICAMP, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Biologia Integrativa do Exercício (GEPEBIEX) da Universidade Federal de Alagoas e membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Sistema Neuromuscular e Exercício (GEPESINE) da Universidade Estadual de Londrina. Linhas de Pesquisa que atua: Respostas Neuromusculares ao Exercício; Modelos de Fisiologia Integrativa para o Estudo da Fadiga e Exaustão em Diferentes Populações; Respostas Neuromusculares ao Exercício Agudo e Crônico.

José Luiz Dantas, Universidade Estadual de Londrina

Graduado em Bacharelado em Esportes pela Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF-UNICAMP). Atualmente é aluno de Mestrado na linha de Aspectos Fisiológicos do Exercício na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pesquisador- colaborador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Biologia Integrativa do Exercício (GEPEBIEX) da Universidade Federal de Alagoas, Grupo de Estudo e Pesquisa em Sistema Neuromuscular e Exercício (GEPESINE) e Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT) da Universidade Estadual de Londrina e Grupo de Estudos e Pesquisa do Sistema Neuromuscular (GPNeurom) da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Pesquisa e Treinamento Desportivo, atuando principalmente nos seguintes temas: Preparação Física de Ciclistas, Eletromiografia, Técnica de Pedalada, Rendimento Esportivo e Modelos Teóricos de Fadiga. Atua também como preparador físico de ciclistas profissionais.

Eduardo Bodnariuc Fontes, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Graduado em Educação Física pela UEL - Londrina (2003), Mestrado pela UNICAMP - Campinas (2008). Atualmente é doutorando na UNICAMP e recentemente completou estágio no exterior na University of Capew Town - Africa do Sul (sanduíche CAPES). É membro de 5 grupos de pesquisa e possui trabalhos em cooperação com diversos pesquisadores no Brasil e exterior. É ainda integrante do Laboratório de Estudos Eletromiográficos da UNICAMP, onde o foco de suas linhas de pesquisa é o desempenho humano. Tem experiência na área de alto rendimento com ênfase em prescrição de treinamentos e avaliação física de atletas de alto desempenho.

Alexandre Hideki Okano, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Alexandre Hideki Okano concluiu o curso de Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (2000). Obteve títulos de mestre em Educação Física (2004) e doutor em Educação Física (2008) pela Universidade Estadual de Campinas com Doutorado "Sanduíche" em "Motricidade Humana" durante estágio na "Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa" (2006). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte no Curso de Educação Física no Centro de Ciências da Saúde e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Biologia Integrativa do Exercício (GEPEBIEX). Publicou 38 artigos completos em periódicos nacionais e internacionais, 170 trabalhos em anais de eventos e um capítulo de livro. Entre 1997 e 2007 participou de 18 projetos de pesquisa. Atualmente participa em seis projetos de pesquisa. Atua na área de Educação Física, Fisiologia do Exercício, Neurociência.

Antonio Carlos de Moraes, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Possui graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1988), mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1993), doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (1999), Pós doutorado na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (2004) e Livre Docente pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual de Campinas e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UNICAMP. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: futebol, eletromiografia e treinamento desportivo.

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Publicado

2010-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais