Somatotipo, composição corporal e desempenho em ultramaratona

Autores

  • Taisa Belli Universidade Estadual de Campinas
  • Cláudio Luiz de Souza Meireles Universidade Federal da Paraíba
  • Mônica de Oliveira Costa Escola Técnica Estadual Carlos de Campos
  • Marco Aurélio Ackermann Universidade Estadual de Campinas
  • Claudio Alexandre Gobatto Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2016v18n2p127

Resumo

O presente estudo teve como objetivos caracterizar o somatotipo, analisar indicadores antropométricos associados à composição corporal durante a prova e verificar possíveis relações com o desempenho de atletas em uma ultramaratona de 217 km. Para tanto, dez homens (42,8±3,5 anos; 171,4±1,9 cm de estatura; 70,7±3,1 kg de massa corporal; 15±3 anos de treino de corrida) tiveram determinada a velocidade crítica (VC) uma semana antes da competição e foram submetidos às avaliações antropométricas antes, aos 84 km e ao final da prova. Os voluntários completaram a prova em 46,8 ± 3,4h (4,9 ± 0,4 km/h; 33,4 ± 1,8 % VC). Os valores médios equivalentes aos componentes do somatotipo corresponderam a 3,4 ± 0,4 para endomorfia, 5,2 ± 0,4 para mesomorfia e 1,7 ± 0,3 para ectomorfia. Massa corporal, índice de massa corporal, massa magra e circunferência peitoral reduziram (P < 0,05) aos 84 e 217-km comparados aos valores iniciais. Espessura da dobra cutânea de coxa (R= 0,79) e a circunferência de cintura (R=0,64) identificadas antes da prova foram correlacionadas significativamente (P < 0,05) com o tempo final de prova. Dessa maneira, nós concluímos que ultracorredores apresentaram somatotipo médio endo-mesomorfo e reduções tanto de massa corporal como de massa magra durante e após a prova. Além disso, os resultados sugerem que maiores depósitos de gordura corporal concentrados nos membros inferiores e na região abdominal podem ter um impacto negativo no desempenho dos atletas em ultramaratona de 217 km.  

Biografia do Autor

Taisa Belli, Universidade Estadual de Campinas

Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte, Faculdade de Ciências Aplicadas, Limeira/SP, Brasil

Cláudio Luiz de Souza Meireles, Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Educação Física, João Pessoa/PB, Brasil

Mônica de Oliveira Costa, Escola Técnica Estadual Carlos de Campos

Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, São Paulo/SP, Brasil

Marco Aurélio Ackermann, Universidade Estadual de Campinas

Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte, Faculdade de Ciências Aplicadas, Limeira/SP, Brasil

Claudio Alexandre Gobatto, Universidade Estadual de Campinas

Laboratório de Fisiologia Aplicada ao Esporte, Faculdade de Ciências Aplicadas, Limeira/SP, Brasil

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Publicado

2016-05-23

Edição

Seção

Artigos Originais