Comportamento sedentário em crianças e adolescentes brasileiros: uma atualização da revisão sistemática do Report Card Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2021v23e82645

Palavras-chave:

Atletas de futsal, agilidade e dermatoglífia

Resumo

Este revisão atualiza dados de comportamento sedentário em crianças e adolescentes brasileiros para o Report Card Brasil 4.0. A busca foi realizada em oito bases de dados (PubMed, Scopus, Web of Science, LILACS, SPORTDiscus, BIREME, Scielo, and Google Scholar) usando os seguintes critérios: artigos originais; amostras incluindo crianças e adolescentes; estudos observacionais que estimaram a prevalência de pelo menos um componente do CS. Nesta atualização foram incluídos 118 estudos (com publicação de 159 artigos), sendo 71 (104 artigos) revisados anteriormente no Report Card 3.0 e 47 estudos (55 artigos) encontrados na atualização de 2018 a 2019. O tempo de tela (34,7%) e de TV (28,2%) continuam sendo os componentes mais investigados, entretanto, dois estudos investigaram o uso de celular e houve aumento em outros comportamentos sedentários, como o tempo sentado (de 9% para 25,6%). Foram encontrados somente quatro estudos com pré-escolares, mas quatro deles cobriam quase todas as idades. O questionário foi o instrumento mais utilizado; no entanto, aumentou o número de estudos usando acelerômetros (de 2 para 8). O ponto de corte mais frequente foi 2 horas/dia (47,5%), mas o uso de outros medidas duplicou. Quase 70% dos estudos relatou que menos de 50% (variação geral: 9,4% a 97,7%) dos adolescentes atendem às recomendações (<2 horas / dia) de comportamento sedentário. A revisão atualizada mostra ainda poucos estudos com pré-escolares e crianças, com o uso de instrumentos validados, com o uso de acelerômetros, com padronização de pontos de corte, e prevalências muito próximas do observado na revisão anterior.

Referências

Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S, Borodulin K, Buman MP, Cardon G, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med 2020;54(24):1451–62. http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955

Tremblay MS, Aubert S, Barnes JD, Saunders TJ, Carson V, Latimer-Cheung AE, et al. Sedentary Behavior Research Network (SBRN) – Terminology Consensus Project process and outcome. Int J Behav Nutr Phys Act 2017;14(1):75. https://doi.org/10.1186/s12966-017-0525-8

Silva KS da, Bandeira A da S, Santos PC dos, Malheiros LEA, Sousa ACFC de, Filho VCB. Systematic review of childhood and adolescence sedentary behavior: analysis of the Report Card Brazil 2018. Braz J Kinanthropometry Hum Perform 2018;20(4):415–45. https://doi.org/10.5007/1980-0037.2018v20n4p415

Aubert S, Barnes JD, Abdeta C, Nader PA, Adeniyi AF, Aguilar-Farias N, et al. Global Matrix 3.0 Physical Activity Report Card Grades for Children and Youth: Results and Analysis From 49 Countries. J Phys Act Health 2018;15(s2):S251–73. https://doi.org/10.1123/jpah.2018-0472.

Chastin SFM, De Craemer M, Lien N, Bernaards C, Buck C, Oppert J-M, et al. The SOS-framework (Systems of Sedentary behaviours): an international transdisciplinary consensus framework for the study of determinants, research priorities and policy on sedentary behaviour across the life course: a DEDIPAC-study. Int J Behav Nutr Phys Act 2016;13(1). https://doi.org/10.1186/s12966-016-0409-3

Buck C, Loyen A, Foraita R, Cauwenberg JV, Craemer MD, Donncha CM, et al. Factors influencing sedentary behaviour: A system based analysis using Bayesian networks within DEDIPAC. Plos one 2019;14(1):e0211546. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0211546. eCollection 2019

Lee E-Y, Hesketh KD, Rhodes RE, Rinaldi CM, Spence JC, Carson V. Role of parental and environmental characteristics in toddlers’ physical activity and screen time: Bayesian analysis of structural equation models. Int J Behav Nutr Phys Act 2018;15(1):1–14. https://doi.org/10.1186/s12966-018-0649-5

Tremblay MS, Colley RC, Saunders TJ, Healy GN, Owen N. Physiological and health implications of a sedentary lifestyle. Appl Physiol Nutr Metab Physiol Appl Nutr Metab 2010;35(6):725–40. https://doi.org/10.1139/H10-079

American Academy of Pediatrics. Children, Adolescents, and Television. Pediatrics 2001;107(2):423–6.

Silva I, Sasaki J, Gonçalves P. Mensuração da atividade física e tempo sedentário por meio de acelerômetros: cenário atual, perspectivas e demandas futuras. Rev Bras Ativ Fís Saúde 2016;21:293–6. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.21n4p293-296

DiPietro L, Al-Ansari SS, Biddle SJH, Borodulin K, Bull FC, Buman MP, et al. Advancing the global physical activity agenda: recommendations for future research by the 2020 WHO physical activity and sedentary behavior guidelines development group. Int J Behav Nutr Phys Act 2020;17(1):143. https://doi.org/10.1186/s12966-020-01042-2

Bull FC, Al-Ansari SS, Biddle S, Borodulin K, Buman MP, Cardon G, et al. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour. Br J Sports Med 2020;54(24):1451-1462.

Hancox RJ, Milne BJ, Poulton R. Association between child and adolescent television viewing and adult health: a longitudinal birth cohort study. Lancet 2004;364(9430):257–62. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(04)16675-0.

Okely AD, Salmon J, Vella SA, Cliff D, Timperio A, Tremblay M, et al. A Systematic Review to update the Australian Physical Activity Guidelines for Children and Young People. In: Health AGDo, editor. Canberra: Australian Government Department of Health; 2012.

Tremblay MS, LeBlanc AG, Janssen I, Kho ME, Hicks A, Murumets K, et al. Canadian Sedentary Behaviour Guidelines for Children and Youth. Appl Physiol Nutr Metab 2011;36(1):59–64. https://doi.org/10.1139/H11-012

Biddle SJH, Pearson N, Ross GM, Braithwaite R. Tracking of sedentary behaviours of young people: a systematic review. Prev Med 2010;51(5):345–51. https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2010.07.018

LeBlanc AG, Gunnell KE, Prince SA, Saunders TJ, Barnes JD, Chaput J-P. The Ubiquity of the Screen: An Overview of the Risks and Benefits of Screen Time in Our Modern World. Translational J ACSM 2017;2(17):10. https://doi.org/10.1249/TJX.0000000000000039

Miranda VPN, dos Santos Amorim PR, Bastos RR, Souza VGB, de Faria ER, do Carmo Castro Franceschini S, et al. Evaluation of lifestyle of female adolescents through latent class analysis approach. BMC Public Health 2019;19(1):184. https://doi.org/10.1186/s12889-019-6488-8

Bordon S, Srebernich SM, Bernardi JLD, Merhi VAL. Screen time, body mass index and neck circumference: is there an association with social class in children? Rev Bras Cineantropometria Desempenho Hum 2019;21:e58235. https://doi.org/10.1590/1980-0037.2019v21e58235

Kelly Y, Zilanawala A, Booker C, Sacker A. Social Media Use and Adolescent Mental Health: Findings From the UK Millennium Cohort Study. EClinicalMedicine 2018;6:59–68.

Turel O, Bechara A. Little video-gaming in adolescents can be protective, but too much is associated with increased substance use. Subst Use Misuse 2019;54(3):384–95. https://doi.org/10.1080/10826084.2018.1496455.

Ngantcha M, Janssen E, Godeau E, Ehlinger V, Le-Nezet O, Beck F, et al. Revisiting Factors Associated With Screen Time Media Use: A Structural Study Among School-Aged Adolescents. J Phys Act Health 15(6):448–56. https://doi.org/10.1123/jpah.2017-0272

Downloads

Publicado

2021-12-09

Edição

Seção

Artigos de Revisão