Um século das dobras cutâneas para estimativa da composição corporal: o que aprendemos?
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2022v24e85412Palavras-chave:
composição corporal, cineantropometria, dobras cutâneasResumo
No ano de 2021 chegamos ao centenário da criação do primeiro modelo de avaliação da composição corporal a partir do uso de dobras cutâneas. Passado cem anos da aplicação por Matiegka em 1921 para análise da “eficiência humana”, esse estudo de ponto de vista busca trazer reflexões sobre a contínua aplicabilidade do método, pontos históricos, avanços relevantes e possíveis projeções para o futuro. De fato, a comparabilidade das dobras cutâneas com métodos de referência multicompartimanentais mostra diversas vantagens e desvantagens; se por um lado temos o baixo custo, rapidez, reprodutibilidade, por outro lado temos problemas associados a qualidade do equipamento, habilidade do avaliador e principalmente a escolha adequada do modelo preditivo. Deste modo, em se tratando de avaliação da composição corporal, as dobras cutâneas continuam sendo uma boa opção de aplicação em diferentes contextos por profissionais da saúde desde que o avaliador se atente aos aspectos críticos que podem representar fontes de erros (por exemplo o nível de treinamento/experiência, local correto da prega cutâneas). Mesmo com os inúmeros avanços da área, percebe-se uma solidez e continuidade para a aplicação das dobras cutâneas para o futuro.
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