Caracterização da curva da frequência cardíaca durante teste incremental máximo em esteira

Autores

  • Eduardo Marcel Fernandes Nascimento Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.
  • Adriano Eduardo Lima Silva Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Nutrição. Grupo de Pesquisa em Ciências do Esporte. Maceió, AL, Brasil.
  • Romulo Cassio de Moraes Bertuzzi Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Grupo de Estudo em Desempenho Aeróbio.São Paulo, SP. Brasil.
  • Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.
  • Flavio Oliveira Pires Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2011v13n4p285

Resumo

O propósito deste estudo foi analisar o comportamento da frequência cardíaca (FC) versus a carga de trabalho crescente (CTC) em teste de esteira, utilizando três modelos matemáticos (linear, linear com dois segmentos de reta e sigmóide) e verificar qual o melhor modelo que possibilita a identificação de um limiar de FC que pudesse servir de preditor para os limiares ventilatórios (LV1 e LV2). Vinte e dois homens realizaram um teste incremental (re-teste: n=12), com velocidade inicial de 5,5 km.h-1 e incrementos de 0,5 km.h-1 a cada minuto, até a exaustão. Medidas contínuas de FC e trocas gasosas foram convertidas para médias de 5 e 20 segundos. Somatória dos resíduos quadrados e quadrado médio do erro foram usados para verificar o melhor ajuste. A relação FC/CTC foi melhor representada pelo modelo Lin2 no grupo teste e re-teste (p<0,05). Foi possível identificar um ponto de deflexão de FC, utilizando o modelo Lin2 (limiar de FC) em todos os indivíduos no teste (164 ± 16,6 bpm; 83,6% FCMÁX) e no re-teste (162 ± 20,0 bpm; 83,9% FCMÁX). O limiar de FC (Lin2PDFC) ocorreu a 9,2 ± 1,3 km.h-1 (67,9% VelMÁX) e foi menor que o LV2 (LV2= 10,6 ± 1,5 km.h-1; 77,3% VelMÁX; p< 0,05), mas não diferente de LV1 (8,4 ± 1,2 km.h-1; 61,6% VelMÁX; p> 0,05). Durante teste incremental em esteira, a relação FC/CTC parece ser bem descrita por uma função linear com 2 segmentos de reta, a qual permite a determinação de um limiar de FC que se aproxima do LV1.

Biografia do Autor

Eduardo Marcel Fernandes Nascimento, Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.

Adriano Eduardo Lima Silva, Universidade Federal de Alagoas. Faculdade de Nutrição. Grupo de Pesquisa em Ciências do Esporte. Maceió, AL, Brasil.

Graduado em Educação Fisica pela Universidade Ibirapuera (2001). Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2005) e doutor em Biodinâmica do Movimento Humano pela Universidade de São Paulo (2009). Atualmente é professor Adjunto da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal da Alagoas (UFAL), atuando nos cursos de graduação (nutrição) e pós-graduação (mestrado em nutrição). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em fisiologia do Exercicio, metabolismo, treinamento desportivo e avalição física

Romulo Cassio de Moraes Bertuzzi, Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Grupo de Estudo em Desempenho Aeróbio.São Paulo, SP. Brasil.

Doutorado em Educação Física - Biodinâmica do Movimento Humano pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, Brasil(2008)
Professor doutor da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo , Brasil

Maria Augusta Peduti Dal Molin Kiss, Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.

Possui graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1964) e doutorado em Fisiologia Geral pela Universidade de São Paulo (1972). Atualmente é professora titular da Escola de Educação Física e Esporte - USP. Tem experiência em Medicina Esportiva, atuando principalmente nos seguintes temas:avaliação do desempenho esportivo, bioenergética, limiares metabólicos, consumo máximo de oxigênio e cinética do consumo de oxigênio.

Flavio Oliveira Pires, Esporte da Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte. Laboratório do Desempenho Esportivo. São Paulo, SP. Brasil.

Realizou Doutorado Direto pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE-USP), com período de Doutorado Sanduíche na Research Unit for Exercise Science and Sports Medicine da University of Cape Town, sob supervisão do Professor Timothy Noakes (Auxílio Pesquisa FAPESP- 60641/06; Bolsa de Doutorado CAPES; Bolsa de Doutorado Sanduíche CAPES- BEX: 1900/08-0). Trabalha, principalmente, nos seguintes temas: Equilíbrio Dinâmico Metabólico Durante Exercício, Métodos de Identificação de Limiares Metabólicos, Efeitos de Diferentes Manipulações sobre o Pacing e a PSE, entre outros.

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Publicado

2011-06-15

Edição

Seção

Artigos Originais