Efeito agudo da ingestão de concentrado de uva sobre os biomarcadores do estresse oxidativo em triatletas

Autores

  • Jean Carlos Silvestre Universidade Federal de São Paulo
  • Claudia Ridel Juzwiak Universidade Federal de São Paulo
  • Andréia Pittelli Boiago Gollucke Universidade Federal de São Paulo
  • Victor Zuniga Dourado Universidade Federal de São Paulo
  • Vânia D´Almeida Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16n5p533

Resumo

O objetivo deste estudo crossover foi avaliar o efeito de um concentrado de uva (bebida teste - BT) sobre biomarcadores do estresse oxidativo (substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico – TBARS, catalase – CAT, superóxido dismutase – SOD e glutationa – GSH). Seis triatletas do sexo masculino foram avaliados quanto à aptidão física, percentual de gordura (%G) e ingestão alimentar. Posteriormente, em duas ocasiões, os atletas receberam duas doses de 300 ml de BT (45,8g de polifenóis/kg) ou bebida placebo (PL) no desjejum e após uma sessão de treinamento (100 km de ciclismo, 6 km de corrida e 1,5 km de natação). Amostras de sangue (5 ml) foram coletadas em jejum, imediatamente após o exercício e 1h após o mesmo. Caracterização da amostra: idade: 43,8±10,2 anos, VO2máx: 45±5,15 ml/kg/min, %G: 13,6±4,2%, volume de treino: 270,8±87,1 km/semana e 3,1±1,88 horas/treino/dia. Houve aumento significativo da atividade de SOD da 1ª para as 2ª (p=0,027) e 3ª coletas (p=0,02) em resposta ao exercício, independente da bebida consumida. Os valores de GSH foram superiores 1 hora após o exercício quando houve consumo do PL (27,5%) em relação ao consumo da BT (1,8%). Ainda, o exercício elevou as concentrações de TBARS, mas no grupo PL os valores médios foram superiores (PL=2,5±1,2 nmol/ml vs. BT=1,77±1,3 nmol/ml). Em relação à atividade da CAT, os valores médios (BT=34,2±6,9 U/mgHb vs. PL=24,6±12,5 U/mgHb) foram menores quando comparadas 1ª e 2ª coletas (28,6%) para os atletas que consumiram PL. Os resultados referentes à concentração de TBARS, atividade de CAT e níveis de GSH sugerem que a BT modulou o estresse oxidativo induzido pelo exercício.

Biografia do Autor

Jean Carlos Silvestre, Universidade Federal de São Paulo

Programa Interdisciplinar em Ciências da Saúde. Santos, SP.

Claudia Ridel Juzwiak, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ciências do Movimento Humano. São
Paulo, SP

Andréia Pittelli Boiago Gollucke, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Biociências. Santos, SP.

Victor Zuniga Dourado, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Ciências do Movimento Humano. São
Paulo, SP

Vânia D´Almeida, Universidade Federal de São Paulo

Departamento de Psicobiologia. São Paulo, SP.

Publicado

2014-07-31

Edição

Seção

Artigos Originais