A razão de troca respiratória é uma alternativa para estimar o limiar anaeróbio em corredores treinados?

Autores

  • Fernando Diefenthaeler Universidade Federal de Santa Catarina http://orcid.org/0000-0001-5632-8994
  • Raphael Luiz Sakugawa Universidade Federal de Santa Catarina
  • Rodolfo André Dellagrana Universidade Federal de Santa Catarina
  • Bruno Follmer Universidade Federal de Santa Catarina
  • Elisa Cristina Lemos Universidade Federal de Santa Catarina
  • Wagner de Campos Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2017v19n1p108

Resumo

 

 

Diversos estudos demonstram que a razão de troca respiratória (RER) tem sido utilizada como uma alternativa para estimar a capacidade aeróbia em único teste incremental. No entanto, poucos estudos foram realizados com corredores treinados. Sendo assim, o objetivo do estudo foi avaliar a utilização do RER como uma alternativa para estimar o limiar anaeróbio (AT) em corredores de longa distância. Dezenove corredores de longa distância do sexo masculino participaram do estudo. Foi realizado um teste incremental com velocidade inicial de 10 km·h-1 com incrementos de 1 km·h-1 a cada minuto até a exaustão voluntária. As variáveis mensuradas foram consumo de oxigênio (VO2), limiares ventilatórios (VT1 e VT2), intensidade correspondente ao RER no valor igual a 1,0 (iRER1.0), pico de velocidade (PV), frequência cardíaca (HR) e percepção subjetiva de esforço (RPE). Foi realizada a análise de variância de medidas repetidas do tipo one-way, seguido do teste post hoc de Bonferroni. A relação entre as variáveis foi verificada pela correlação de Pearson e a concordância por meio da medida de dispersão dos erros. Não houve diferença significativa entre as variáveis iRER1.0 e VT2. Foram encontradas correlações significativas entre as variáveis iRER1.0 e VT2 para os valores absolutos e relativos de VO2, velocidade e HR (r=0,95; r=0,60; r=0,72; r=0,81, respectivamente). Um pequeno erro médio (-0,2 km·h-1) foi observado entre iRER1.0 e VT2, bem como uma tendência de superestimação em altas velocidade. Em conclusão, iRER1.0 pode ser utilizado como um método alternativo para detectar o AT em corredores de longa distância, entretanto, seu uso é limitado em corredores com alta capacidade aeróbia.

Biografia do Autor

Fernando Diefenthaeler, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina

Raphael Luiz Sakugawa, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina

Rodolfo André Dellagrana, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina

Bruno Follmer, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina

Elisa Cristina Lemos, Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Federal de Santa Catarina

Wagner de Campos, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

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Publicado

2017-05-28

Edição

Seção

Artigos Originais