Quatro semanas de treinamento com restrição de fluxo sanguíneo aumenta o tempo de exaustão em exercício severo no ciclismo

Autores

  • Rogério Bulhões Corvino Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Mariana Fernandes Mendes de Oliveira Universidade do Estado de Santa Catarina. Universidade Federal de Santa Catarina.
  • Rafael Penteado dos Santos Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Benedito Sérgio Denadai UNESP
  • Fabrizio Caputo Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16n5p570

Resumo

Este estudo verificou o efeito de quatro semanas de treinamento de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) no tempo de exaustão (Tlim) realizado em domínio severo. Treze sujeitos fisicamente ativos (23 ± 3,4 anos; 70.6 ± 7.8 kg; 170.9 ± 10 cm) foram divididos em dois grupos: treinamento intervalado com restrição de fluxo (RFS, n=9); e sem restrição (CON, n=4). O treino para ambos os grupos consistiu em 2 x 5-8 repetições de 2min a 30% da potência máxima (Ppeak) obitida durante teste incremental, com intervalos de 1min entre as repetições. Para o RSF o esfigmomamometro foi inflado a uma pressão de 140-200mmHg durante o período de exercício e desinflado nos intervalos. A pressão foi aumentada em 20mmHg a cada três sessões, assim, na última semana a pressão era 200mmHg. Antes e depois das quatro semanas de intervenção, todos os sujeitos realizaram um teste incremental até exaustão voluntária e um teste de carga constante com intensidade de 110%Ppeak. Os resultados mostraram que para o grupo BFR (Pre: 227±44s vs. Pos: 338±76s), mas não para o CON (Pre: 236±24s vs. Pos: 212±26s), o Tlim a 110%Ppeak aumentou significativamente após treinamento. Podemos concluir que 4 semanas de treinamento com BFR aumentou a tolerância ao exercício realizado no domínio severo, sem aumento no grupo CON. Assim, o maior estresse metabólico e fisiológico gerado pela restrição do fluxo sanguíneo, e não a intensidade de exercício per se, parece ter sido responsável pelas respostas adaptativas relacionadas ao aumento do Tlim após o treinamento.

Biografia do Autor

Rogério Bulhões Corvino, Universidade do Estado de Santa Catarina

CEFID. Florianópolis, SC

Mariana Fernandes Mendes de Oliveira, Universidade do Estado de Santa Catarina. Universidade Federal de Santa Catarina.

CEFID. Florianópolis, SC

Rafael Penteado dos Santos, Universidade do Estado de Santa Catarina

CEFID. Florianópolis, SC

Benedito Sérgio Denadai, UNESP

Laboratório de Performance Humana, Rio Claro, SP

Fabrizio Caputo, Universidade do Estado de Santa Catarina

CEFID. Florianópolis, SC

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Publicado

2014-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais