Circulação e vivência nas cidades: ser mulher, ser fl âneuse
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n167152Resumo
Neste artigo, propomos uma reflexão sobre a circulação das mulheres nas cidades, entendendo que os caminhos e as experiências nas diversas cidades grandes do mundo se diferem, levando em consideração as questões de raça e classe inseridas ao pesquisarmos essas mulheres. Encontramos o conceito da flâneuse, mulher que percorre caminhos pela cidade ao mesmo tempo em que reflete e cria durante esses trajetos, buscando de que maneira se dá a relação da mulher com as ruas da cidade e como, nessa relação, surgem mecanismos de resistência, ao trazê-lo para o âmbito da região metropolitana do Rio de Janeiro e suas especificidades.
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