Produção de sentidos sobre a integralidade na assistência em saúde às pessoas trans*

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n366168

Resumo

O artigo discute a produção de sentidos em torno à integralidade na assistência em saúde transespecífica, a partir das experiências de usuários/as/es, médicos/as e funcionários/as da Secretaria Municipal de Saúde, vinculados ao serviço para pessoas trans* existentes em uma cidade-capital do sul do Brasil. Os resultados mostram uma compreensão da integralidade que, além da abrangência e complexidade da atenção e das formas de cuidar, se explicita na dimensão relacional ou dos vínculos entre médicos/as e usuários/as/es, desafiando a instituir a assistência em saúde como espaço de negociação, com a coparticipação e simetria como seus principais atributos. A perspectiva analítica proposta pretende auxiliar para a construção de pressupostos contra hegemônicos a partir dos quais (re)significar as formas de cuidar promovendo o exercício da transcidadania.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudia Lazcano

Graduación en Psicología por la Universidad de Oriente Cuba. Máster en Estudios de Género por la Universidad de La Habana y Doctora en Psicología por la Universidad Federal de Santa Catarina. Investigadora en el área de los estudios de género y feministas con énfasis en politicas públicas, salud y ciudadania sexual.

Maria Juracy Filgueiras Toneli, UFSC

Doctora en Psicología. Profesora titular del Programa de Post Graduación en Psicología, Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Bolsista PQ 1B/CNPq.

Referências

ARÁN, Marcia; MURTA, Daniela; LIONÇO, Tatiana. “Transexualidade e saúde pública no Brasil”. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, p. 1141-1149, 2009. Disponible en http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232009000400020&script=sci_abstract&tlng=pt. Consultado el 30/05/2019.

BENTO, Berenice; PELUCIO, Larissa. “Despatologização do gênero: a politização das identidades abjetas”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 20, n. 2, p. 559-568, 2012. Disponible en http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2012000200017&script=sci_abstract&tlng=pt. Consultado el 22/03/2018.

BENTO Berenice. Transviad@s: gênero, sexualidade e direitos humanos. Salvador: Editora da UFBA, 2017.

BIERNACKI, Patrick; WALDORF, Dan. “Snowball sampling: problems and techniques of chain referral sampling”. Sociological Methods Research, Cambridge, v. 10, n. 2, p. 141-163, 1981. Disponible en https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/004912418101000205. Consultado el 23/12/2018.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988 (1ª. ed.). Brasília: Senado Federal, 1988.

BUTLER, Judith. Vida precaria. El poder del duelo y la violencia. Buenos Aires: Paidós, 2006.

BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

DUSSEL, Enrique. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2000.

FERNÁNDEZ, Ana Maria. Las lógicas colectivas. Imaginarios, cuerpos y multiplicidades. Buenos Aires: Biblos, 2007.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade 1: A vontade de saber (13. Ed). Rio de Janeiro: Graal, 1999.

JESUS, Jaqueline Gomes de. Transfeminismo: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Metanoia, 2014.

MATTOS, Ruben Araujo de. “Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que merecem ser defendidos”. In: PINHEIRO, Roseni; MATTOS, Ruben Araujo de (Orgs.). Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde. Rio de Janeiro: CEPESC, IMS/UERJ, ABRASCO, 2009. p. 43-68.

OLIVEIRA, Marcos de Jesus; OSMAN, Elzahra Mohamed Radwan Omar. “Pluralismo bioético: aportes latinoamericanos a la bioética en perspectiva decolonial”. Revista Bioética, Brasília, v. 25, n. 1, p. 52-60, abr. 2017. Disponible en http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-80422017000100052&lng=en&nrm=iso. Consultado el 21/03/2021.

PALERMO, Zulma. La opción decolonial. Pensamiento Latinoamericano y Alternativo. Centro de Ciencia, Educación y Sociedad, 2010. Disponible en http://www.cecies.org/articulo.asp?id=227. Consultado el 22/05/2018.

PLATERO, Raquel Lucas. TRANS*exualidades. Acompañamiento, factores de salud y recursos educativos. Barcelona: Bellaterra, 2014.

SPINK, Mary Jane. Psicologia social e saúde. Petrópolis: Vozes, 2003.

SPIVAK, Gayatri. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2010.

TEIXEIRA, Flávia. “(Des)engano: Revisando as portarias do Processo Transexualizador no SUS”. In: UZIEL, Anna Paula; GUILHON, Flávio. Transdiversidades: prácticas e diálogos em trânsitos. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2017. p. 315-354.

VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. Mestrado (Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.

Publicado

2021-12-10

Como Citar

Lazcano, C., & Toneli, M. J. F. . (2021). Produção de sentidos sobre a integralidade na assistência em saúde às pessoas trans*. Revista Estudos Feministas, 29(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n366168

Edição

Seção

Artigos