Women and Punitive Practices: between Attempts at Historical Erasures and Modes of Resistance
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n371117Abstract
This article discusses the emergence of women in the history of punitive practices in the country, proposing to unveil the invisibility of control and violence directed at poor girls in the urban space, abandoned and delinquent, in the years 1930-1960, revealing the centrality of these practices for the maintenance and reproduction of the system of inequalities and violence based on gender, race and class markers. Through the institutional records of the Social Service for Minors of São Paulo, forms of criminalization and punishment were identified, as well as the control devices over the body, sexuality and self-determination that, despite reinforcing inequities, did not prevent strategies from being engendered by the subjects to resist the onslaught of power, through daily insurgency acts reactive to repeated attempts at subjection.
Downloads
References
ADORNO, Sérgio F.; BORDINI, Eliana B. T. “Reincidência e reincidentes penitenciários em São Paulo - 1974-1985”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 9, n. 3, p. 70-94, 1989.
ANDRADE, Bruna Soares Angotti Batista. Entre as leis da Ciência, do Estado e de Deus. O surgimento dos presídios femininos no Brasil. 2011. Mestrado (Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
ARTUR, Angela Teixeira. A origem do Presídio de Mulheres do Estado de São Paulo. 2011. Mestrado (História) - Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
AREND, Sílvia Maria Fávero. Histórias de Abandono: infância e justiça no Brasil (Década de 1930). Florianópolis: Editora Mulheres, 2011.
AZEVEDO, Gislene Campos. “A tutela e o contrato de soldada: a reinvenção do trabalho compulsório infantil”. História Social, Revista da Pós-Graduação em História IFCH, Unicamp, Campinas, n. 3, p. 11-36, 1996.
BASTOS, Ana Cristina do Canto Lopes. Nas Malhas do Judiciário: menores desvalidos em autos de tutoria e contrato de órfãos em Bragança SP (1889-1927). 2012. Doutorado - Faculdade de Educação da Unicamp, Campinas, SP, Brasil.
BERNAL, Elaine Marina Bueno. Arquivos do Abandono: experiências de crianças e adolescentes internados em instituições do Serviço Social de Menores de São Paulo, 1938-1960. São Paulo: Cortez, 2004.
CORRÊA, Mariza. “Antropologia e medicina legal: variações em torno de um mito”. In: VOGT, Carlos et al. (Orgs.). Caminhos cruzados: linguagem, antropologia e ciências naturais. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. p. 53-63.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: Difel, 2018.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e Poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. “Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista: uma hermenêutica das diferenças”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Pensamento feminista brasileiro. Formação e Contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 357-369.
FAUSTO, Boris. Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
FOUCAULT, Michel. Surveiller et Punir. Naissance de la prison. Paris: Gallimard, 1975.
hooks, bell. “Mulheres negras: moldando a teoria feminista”. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 193-210, janeiro/abril 2015.
LEMGRUBER, Julita. Cemitério dos vivos: análise sociológica de uma prisão de mulheres. Rio de Janeiro: Editora Achiamé, 1983.
LOMBROSO, Cesare; FERRERO, Guglielmo. Criminal Woman, the Prostitute, and the Normal Woman. Durham: Duke University Press, 2004.
LUGONES, María. “Rumo a um feminismo decolonial”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento Feminista. Conceitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 357-377.
MIGNOLO, Walter. “Colonialidade. O lado escuro da modernidade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, RBCS, v. 32, n. 94, 2017.
PERROT, Michelle. Os excluídos da História. Operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1998.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade e poder de classificação”. In: SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Ana Paula. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina Editora, 2009. p. 73-116.
RIZZINI, Irene. O Século Perdido: raízes históricas das políticas públicas para infância no Brasil. 2 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2008.
SALLA, Fernando. As Prisões em São Paulo (1822-1940). São Paulo: Annablume-Fapesp, 1999.
SOIHET, Raquel. Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana: 1890-1920. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
TEIXEIRA, Alessandra. O Crime pelo Avesso: gestão dos ilegalismos na cidade de São Paulo. São Paulo: Alameda Editorial, 2016.
VIANNA, Adriana de Rezende B. O mal que se adivinha. Polícia e Menoridade no Rio de Janeiro. 1920-1930. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1999.
ZADNER, Lucia. “Wayward Sisters: The Prisons for Women”. In: MORRIS, Norval; ROTHMANN, David (Orgs.). Oxford History of the Prison. New York: Oxford University Press, 1998. p. 329-361.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista Estudos Feministas

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Revista Estudos Feministas is under the Creative Commons International 4.0 Attribution License (CC BY 4.0), that allows sharing the work with recognition of authorship and initial publication in this journal.
The license allows:
Sharing (copying and redistributing the material in any support or format) and/or adapting (remixing, transforming, and creating from the material) for any purpose, even if commercial.
The licensor cannot revoke these rights provided the terms of the license are respected. The terms are the following:
Attribution – you should give the appropriate credit, provide a link to the license and indicate if changes were made. This can be done in several ways without suggesting that the licensor has approved of the use.
Without additional restrictions – You cannot apply legal terms or technological measures that prevent others from doing something allowed by the license.


