Mujeres y prácticas punitivas: entre intentos de borrado histórico y modos de resistencia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n371117

Resumen

Este artículo discute el surgimiento de las mujeres en la historia de las prácticas punitivas en Brasil, proponiendo develar la invisibilidad del control y la violencia dirigida a las niñas pobres en el espacio urbano, abandonadas y delincuentes, en las décadas de 1930-1960, revelando la centralidad de estas prácticas para el mantenimiento y reproducción del sistema de desigualdades y violencia soportados por marcadores de género, raza y clase. A través de los registros del Servicio Social del Menor de São Paulo se identificaron formas de criminalización y sanción, así como los dispositivos de control sobre el cuerpo, la sexualidad y la autodeterminación que, a pesar de reforzar las inequidades, no impidieron que los sujetos diseñaran estrategias para resistir el ataque de poder, a través de actos de insurgencia cotidianos reactivos a repetidos intentos de sometimiento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Alessandra Teixeira, Universidade Federal do ABC

Alessandra Teixeira (alessandra.teixeira@ufabc.edu.br) é Professora Adjunta da Universidade Federal do ABC desde 2015. Doutora (2012) e mestra (2007) em Sociologia pela FFLCH/USP, bacharela em Direito pela Universidade Mackenzie (1997). Coordena o projeto De menores abandonadAs a adolescentes infratorAs: gênero, controle e punição (Universal/CNPq 2018). É líder do Grupo de Pesquisa Resistências: Memória, controle social e interseccionalidades, certificado no diretório do CNPq.

 

Fernando Afonso Salla, Universidade de São Paulo

Fernando Afonso Salla (fersalla@gmail.com) possui graduação em Ciências Políticas e Sociais pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1975), mestrado (1991) e doutorado (1997) em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Atuou em diferentes projetos de pesquisa na área de prisões, conflitos sociais e punição. Atualmente, é pesquisador associado do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

Vítor Furlan Jorge, Universidade de São Paulo

Mestrando pelo programa de História Social da FFLCH-USP, é bacharel em História

pela Universidade de São Paulo. Membro do Grupo de pesquisa RESISTÊNCIAS:

Controle social, memória e interseccionalidades

Citas

ADORNO, Sérgio F.; BORDINI, Eliana B. T. “Reincidência e reincidentes penitenciários em São Paulo - 1974-1985”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 9, n. 3, p. 70-94, 1989.

ANDRADE, Bruna Soares Angotti Batista. Entre as leis da Ciência, do Estado e de Deus. O surgimento dos presídios femininos no Brasil. 2011. Mestrado (Antropologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

ARTUR, Angela Teixeira. A origem do Presídio de Mulheres do Estado de São Paulo. 2011. Mestrado (História) - Programa de Pós-Graduação em História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

AREND, Sílvia Maria Fávero. Histórias de Abandono: infância e justiça no Brasil (Década de 1930). Florianópolis: Editora Mulheres, 2011.

AZEVEDO, Gislene Campos. “A tutela e o contrato de soldada: a reinvenção do trabalho compulsório infantil”. História Social, Revista da Pós-Graduação em História IFCH, Unicamp, Campinas, n. 3, p. 11-36, 1996.

BASTOS, Ana Cristina do Canto Lopes. Nas Malhas do Judiciário: menores desvalidos em autos de tutoria e contrato de órfãos em Bragança SP (1889-1927). 2012. Doutorado - Faculdade de Educação da Unicamp, Campinas, SP, Brasil.

BERNAL, Elaine Marina Bueno. Arquivos do Abandono: experiências de crianças e adolescentes internados em instituições do Serviço Social de Menores de São Paulo, 1938-1960. São Paulo: Cortez, 2004.

CORRÊA, Mariza. “Antropologia e medicina legal: variações em torno de um mito”. In: VOGT, Carlos et al. (Orgs.). Caminhos cruzados: linguagem, antropologia e ciências naturais. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. p. 53-63.

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.

DAVIS, Angela. Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: Difel, 2018.

DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Quotidiano e Poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.

DIAS, Maria Odila Leite da Silva. “Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista: uma hermenêutica das diferenças”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Pensamento feminista brasileiro. Formação e Contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 357-369.

FAUSTO, Boris. Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.

FOUCAULT, Michel. Surveiller et Punir. Naissance de la prison. Paris: Gallimard, 1975.

hooks, bell. “Mulheres negras: moldando a teoria feminista”. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 16, p. 193-210, janeiro/abril 2015.

LEMGRUBER, Julita. Cemitério dos vivos: análise sociológica de uma prisão de mulheres. Rio de Janeiro: Editora Achiamé, 1983.

LOMBROSO, Cesare; FERRERO, Guglielmo. Criminal Woman, the Prostitute, and the Normal Woman. Durham: Duke University Press, 2004.

LUGONES, María. “Rumo a um feminismo decolonial”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento Feminista. Conceitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 357-377.

MIGNOLO, Walter. “Colonialidade. O lado escuro da modernidade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, RBCS, v. 32, n. 94, 2017.

PERROT, Michelle. Os excluídos da História. Operários, mulheres e prisioneiros. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1998.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade e poder de classificação”. In: SANTOS, Boaventura de Souza; MENESES, Ana Paula. Epistemologias do Sul. Coimbra: Almedina Editora, 2009. p. 73-116.

RIZZINI, Irene. O Século Perdido: raízes históricas das políticas públicas para infância no Brasil. 2 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2008.

SALLA, Fernando. As Prisões em São Paulo (1822-1940). São Paulo: Annablume-Fapesp, 1999.

SOIHET, Raquel. Condição feminina e formas de violência: mulheres pobres e ordem urbana: 1890-1920. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

TEIXEIRA, Alessandra. O Crime pelo Avesso: gestão dos ilegalismos na cidade de São Paulo. São Paulo: Alameda Editorial, 2016.

VIANNA, Adriana de Rezende B. O mal que se adivinha. Polícia e Menoridade no Rio de Janeiro. 1920-1930. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1999.

ZADNER, Lucia. “Wayward Sisters: The Prisons for Women”. In: MORRIS, Norval; ROTHMANN, David (Orgs.). Oxford History of the Prison. New York: Oxford University Press, 1998. p. 329-361.

Publicado

2021-12-10

Cómo citar

Teixeira, A., Salla, F. A., & Jorge, V. F. (2021). Mujeres y prácticas punitivas: entre intentos de borrado histórico y modos de resistencia. Revista Estudos Feministas, 29(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n371117

Número

Sección

Artículos