Rastros de 1968 nos artivismos das dissidências sexuais e de gênero
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n162773Resumen
O texto faz uma breve genealogia das questões relacionadas aos gêneros e às sexualidades que perpassam a “revolução mundial de Maio de 1968” e algumas das consequências políticas e sociais de seu potencial de desestabilização. Busca-se criar uma linha filiativa entre a revolução mundial, o início das discussões sobre gênero e sexualidade nas artes cênicas a partir do Teat(r)o Oficina e as atuais produções artísticas que se utilizam do corpo, da arte e do ativismo para enunciarem uma desobediência das normas, chamadas aqui de artivismos das dissidências sexuais e de gênero ou “a(r)tivismos queer”.
Descargas
Citas
ARTAUD, Antonin. “Pour finir avec le jugement Dieu”. In: ARTAUD, Antonin. Oeuvres completes. Paris: Édition Galimard, 1974. p. 84-86.
BARROW, Clyde. “The political and the intellectual origins of new political science”. New political science, London, v. 39, n. 4, p. 437-472, out. 2017.
BENJAMIN, Walter. On Hashish. Cambridge: Harvard University Press, 2006.
BUTLER, Judith. “Corpos que ainda importam”. In: COLLING, Leandro (Org.). Dissidências sexuais e de gênero. Salvador: EDUFBA, 2016. p. 20-42.
BUTLER, Judith. Proble mas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
BUTLER, Judith. “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo”. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. p. 151-166.
COHEN, Renato. Performance como linguagem: criação de um tempo espaço como experimentação. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002.
COLLING, Leandro. “A emergência dos artivismos das dissidências sexuais e de gêneros no Brasil da atualidade”. Sala Preta, São Paulo, v. 18, n. 1, p. 152-167, jun. 2018. Disponível em https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v18i1p152-167. Acesso em 17/08/2018.
COLLING, Leandro. Que os outros sejam o normal: tensões entre movimento LGBT e ativismo queer. Salvador: EDUFBA, 2015.
COLLING, Leandro (Org). Stonewall 40 + o que no Brasil? Salvador: EDUFBA, 2011.
DALLA COSTA, Maria Rosa. JAMES, Selma. The power of women and the subversion of the community. Londres: Falling Wall Press, 1972.
DAVIS, Angela. Women, race & class. Nova York: Random House, 1981.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 3. São Paulo: Editora 34, 2012.
DESCOLA, Philippe. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2016.
DIDI-HUBERMAN, Georges. (Org.). Levantes. São Paulo: Edições Sesc, 2017.
FABIÃO, Eleonora. “Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea”. Sala Preta, São Paulo, v. 8, p. 235-246, nov. 2008. Disponível em http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57373/60355. Acesso em 18/01/2020.
FONTES, Ramon. “2019: a revolução dos vírus ou uma odisseia no espaço brasileiro”. Revista Periódicus, Salvador, v. 1, n. 11, p. 112-126, maio/out. 2019. Disponível em https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/29295. Acesso em 20/01/2020.
FOUCAULT, Michel. A história da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2009.
FRASER, Nancy. “Mapeando a imaginação feminista: da redistribuição ao reconhecimento e à representação”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 15, n. 2, p. 291-308, maio 2007. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2007000200002. Acesso em 16/01/2020.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
JESUS, Deivide Souza de. Artivismos das dissidências: colaborações interseccionais baianas ao teatro negro. 2019. Mestrado (Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
KLEIN, Naomi. A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo de desastre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
KURLANSKY, Mark. 1968: o ano que abalou o mundo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.
LORDE, Audre. The first cities. Michigan: Poet Press, 1968.
MARTINEZ CORRÊA, José Celso. Primeiro ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (1958-1974). São Paulo: Editora 34, 1998.
MESQUITA, André Luiz. Insurgências poéticas: arte ativista e ação coletiva (1990-2000). 2008. Mestrado (Programa de Pós-graduação em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
MIGNOLO, Walter. Trayectorias de re-existencia: ensayos en torno de la colonialidad/decolonialidad del saber, el sentir y el creer. Bogotá: Universidad Distrital Francisco José de Caldas, 2015.
MISKOLCI, Richard. “A Teoria Queer e a Sociologia: o desafio de uma analítica da normalização”. Sociologias, Porto Alegre, ano 11, n. 21, p. 150-182, jan./jun. 2009. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/soc/n21/08.pdf. Acesso em 17/08/2018.
PIVA, Roberto. “Mala na mão & asas pretas”. In: PIVA, Roberto. Obras reunidas 2. São Paulo: Globo, 2006. p. 142-152.
PRECIADO, Paul. Testo junkie: sexo, drogas e biop olítica na era farmacopornográfica. São Paulo: N-1 edições, 2018.
PRECIADO, Paul. “Cartografia queer: o flâneur perverso, a lésbica topofóbica e a puta multicartográfica ou como fazer uma cartografia ‘zorra’ com Annie Sprinkle”. Performatus, Inhumas, ano 5, n. 17, p. 1-32, jan. 2017. Disponível em https://performatus.net/traducoes/cartografiasqueer/. Acesso em 21/01/2018.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In: LANDER, Edgardo (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 107-127.
RAPOSO, Paulo. “Artivismo: articulando dissidências, criando insurgências”. Cadernos de Arte e Antropologia, Lisboa, vol. 4, n. 2, p. 03-12, out. 2015. Disponível em http://cadernosaa.revues.org/909. Acesso em 21/01/2020.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? São Paulo: Editora Letramento, 2017.
RUDY, Cleber. “Outra Face das Cidades: Intervenções (não institucionais) do espaço urbano – os squatters”. Revista O Olho da História, Salvador, v. 1, n. 3, p. 1-16, mar. 2019. Disponível em http://oolhodahistoria.ufba.br/wp-content/uploads/2019/03/squatters-cleber.pdf. Acesso em 20/01/2020.
SANT’ANA, Tiago dos Santos. “Queermuseu: a apropriação que acabou em censura”. Le Monde Diplomatique [online], São Paulo, 2017. Disponível em http://diplomatique.org.br/queermuseu-aapropriacao-que-acabou-em-censura/. Acesso em 23/10/2017.
SENNETT, Richard. Carne e pedra. Rio de Janeiro: Record, 2003.
SILVA, Tomaz Tadeu. (Org). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. São Paulo: Editora Vozes, 2000.
SOLANAS, Valerie. SCUM Manifesto. Londres: The Olympia Press, 1971.
SOLANO, Esther. “Crise da democracia e extremismo de direita”. Análise – Friedrich-EbertStiftung, São Paulo, n. 42, p. 1-29, maio 2018. Disponível em http://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/14508.pdf. Acesso em 16/08/2018.
TIBLE, Jean. “Brechas que inspiram: Maio de 68 em nós”. Revista Outubro, Rio de Janeiro, v. 1, n. 30, p. 7-20, maio 2018.
TRÓI, Marcelo de. Corpo dissidente e desaprendizagem: do Teat(r)o Oficina aos a(r)tivismos queer. 2018. Mestrado (Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
TRÓI, Marcelo de. “Direitos sexuais e identidade de gênero são direitos humanos: onde está a ideologia?” In: CALAZANS, Márcia Esteves de; MALOMALO, Bas’llele; PIÑERO, Emilia da Silva (Orgs.). As desigualdades de gênero e raça na América Latina no século XXI. Porto Alegre: Editora Fi, 2019a. p. 43-62.
TRÓI, Marcelo de. “Alianças monstruosas e desejantes contra o sequestro da política pela esfera estatal”. Revista Periódicus, Salvador, v. 1, n. 11, p. 05-28, maio/out. 2019b. Disponível em https://portalseer.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/28581. Acesso em 22/01/2020.
TRÓI, Marcelo de; COLLING, Leandro. “Antropofagia, dissidências e novas práticas: o Teatro Oficina”. Revista Ambivalências, Aracaju, v. 4, n. 8, p. 125-146, dez. 2016. Disponível em http://www.seer.ufs.br/index.php/Ambivalencias/article/view/6004. Acesso em 16/01/2020.
TRÓI, Marcelo de; COLLING, Leandro. “Decolonizar o corpo: a universidade antropófaga”. Revista Urdimento, Florianópolis, v. 1, n. 28, p. 108-124, jul. 2017. Disponível em http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/9330. Acesso em 16/01/2020.
TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e antiestrutura. Petrópolis: Vozes, 1974.
VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. Mestrado (Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais. São Paulo: Cosac Naify/N-1 edições, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Revista Estudos Feministas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.


