Militantes e radicais da quarta onda: o feminismo na era digital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n370177

Resumo

Neste artigo, exploro a experiência de se tornar feminista na era digital. Atualmente, sua construção é feita intensamente através das redes digitais. Isso é feito com base em dois estudos de caso: primeiro, coletivos estudantis feministas, onde mapeamos o uso da tecnologia e das representações sobre o feminismo, e, segundo, o feminismo radical no ciberespaço, onde nos aprofundamos na relação entre feminismo e tecnologia. Tecida entre as redes sociais e as ruas, se tornar feminista na era digital mobiliza vivências, reconhecimento e sistemas de conhecimento (teoria feminista), a partir de onde é gerada uma nova epistemologia feminista mais atual e atenta aos sujeitos e suas vivências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiana Jordão Martinez, Universidade Federal de Goiás

Professora Efetiva da cadeira de Antropologia do Departamento de História e Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás - UFG, Regional Catalão. Pesquisadora do Dialogus - Estudos Interdisciplinares em Gênero, Cultura e Trabalho e NIESC (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Culturais) ambos da Universidade Federal de Goiás - UFG. Docente da Especialização à Distância em Gênero e Diversidade na Escola - GDE vinculado à Universidade Federal de Goiás - Regional de Catalão. Doutora em Ciências Sociais (Unicamp, 2009), mestra em Antropologia Social (Unicamp, 2003) e bacharel em Ciências Sociais (Unicamp, 1999). Tem experiência na área de Antropologia, Estudos Culturais, Estudos de Gênero, Estudos Feministas, Antropologia do Consumo e da Midia, Antropologia do Corpo e Etnografia dos Saberes, realizando trabalhos com os seguintes temas: modos de subjetivação contemporâneos, método biográfico nas Ciências Sociais, gênero, consumo, mídia, cultura e poder.

Referências

ALBU, Debora. “Ciberfeminismo no Brasil: construindo identidades dentro dos limites da rede”. In: 13º MUNDO DE MULHERES E FAZENDO GÊNERO 11, Florianópolis, Anais... 2017. Disponível em http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1499481800_ARQUIVO_Modelo_Texto_completo_MM_FG_DEBORAALBU.pdf.

ALVAREZ, Sonia E. “Para além da sociedade civil: reflexões sobre o campo feminista”. Cadernos Pagu [online], v. 43, p. 13-56, 2014. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cpa/n43/0104-8333-cpa-43-0013.pdf.

ALVAREZ, Sonia et al. “Encontrando os feminismos Latino-Americanos e Caribenhos”. Revista Estudos Feministas [online], v. 11, n. 2, 2003. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ref/v11n2/19138.pdf.

BELELI, Iara. “O imperativo das imagens: construção de afinidades nas mídias digitais”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 44, jan./jun. 2015

BIROLI, Flávia. “Autonomia, dominação e opressão”. In: BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Feminismo e política. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.

BOIX, Montserrat; MIGUEL, Ana de. “Os gêneros da rede: os ciberfeminismos”. In: NATANSOHN, Graciela. Internet em código feminino. Teorias e práticas. Buenos Aires: La Crujía, 2013.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.

CAMERON, Debbie; SCANLON, Joan. “Talking about gender”. Trouble & Strife, 2010. Disponível em http://www.troubleandstrife.org/new-articles/talking-about-gender/.

CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2012.

CRENSHAW, Kimberlé. “Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero”. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, jan. 2002.

FIRESTONE, Shulamith. A dialética do sexo. São Paulo: Editora Labor do Brasil, 1976.

HARAWAY, Donna. “Manifesto ciborgue”. In: HARAWAY, Donna; KUNZRU, Hari; SILVA, Tomaz Tadeu (Orgs.). Antropologia do Ciborgue: vertigens do pós-humano. São Paulo: Editora Autêntica, 1995.

JEFFREYS, Sheila. Gender Hurts: a feminist analysis of the politics of transgenderism. Londres; Nova York: Routledge Taylor & Francis Group, 2014.

KOZINETS, Robert. “Culturas e comunidades online”. In: KOZINETS, Robert et al. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.

LEMOS, Marina Grazire. Ciberfeminismo: novos discursos do feminino em redes eletrônicas. 2009. Mestrado (Comunicação e Semiótica) - Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, SP, Brasil.

MARIANO, Silvana. “O sujeito do feminismo e o pós-estruturalismo”. Revista Estudos Feministas, v. 13, n. 3, 2005.

MARTINEZ, Fabiana. “Feminismos em movimento no Ciberespaço”. Cadernos Pagu [online], n. 56, p. 01-34, 2019. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cpa/n56/1809-4449-cpa-56-e195612.pdf.

MATOS, Marlise. “Movimento e teoria feminista: é possível reconstruir a teoria feminista a partir do Sul global?”. Revista de Sociologia Política [online], v. 18, n. 36, p. 67-92, 2010. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/44356/31707.

MATOS, Marlise; PARADIS, Clarisse G. “Desafios à despatriarcalização do Estado brasileiro”. Cadernos Pagu [online], v. 43, p. 57-118, 2014. Disponível em https://www.scielo.br/j/cpa/a/ZThn9C6WZM8tpMhN3BWM4Qp/?format=pdf&lang=pt.

MIGUEL, Luis Felipe. “Uma crítica lésbico-feminista ao discurso transgênero”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 24, n. 1, 2016. Disponível em https://www.scielo.br/j/ref/a/4VNk5rvtR7KKpzJMWXBhQ5b/?lang=pt.

PEREZ, Olívia; RICOLDI, Arlene. “A quarta onda do feminismo? Reflexões sobre movimentos feministas contemporâneos”. In: 42º ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS, Caxambu, Anais... 2018. Disponível em http://www.anpocs.com/index.php/encontros/papers/42-encontro-anual-da-anpocs/gt-31/gt08-27/11177-a-quarta-onda-do-feminismo-reflexoes-sobre-movimentos-feministas-contemporaneos?format=html&path=42-encontro-anual-da-anpocs/gt-31/gt08-27.

RAYMOND, Janice. The Transsexual Empire: the making of She-Male. New York: Theachers College Press, 1994.

REIS, Josemira. “Feminismo por hashtags: as potencialidades e riscos tecidos pela rede”. In: 13º MUNDO DE MULHERES E FAZENDO GÊNERO 11, Florianópolis, Anais ... 2017. Disponível em http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1503731675_ARQUIVO_josemirareis_fazendogenerov2.pdf.

ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise. A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1979.

ROWLAND, Robin; KLEIN, Renate. “Radical feminism: History, politics, action”. In: BELL, Diane; KLEIN, Renate. Radically Speaking: Feminism Reclaimed. North Geelong: Spinifex Press, 1996.

SCOTT, Joan W. “Experiência”. In: LEITE DA SILVA, Alcione et al. (Orgs.). Falas de Gênero. Santa Catarina: Editora Mulheres, 1999.

ZANETTI, Julia. “Jovens feministas do Rio de Janeiro: trajetórias, pautas e relações intergeracionais”. Cadernos Pagu [online], Campinas, n. 36, jan./jun. 2011. Disponível em https://www.scielo.br/j/cpa/a/3dzLMRkJ6sxrh9RnzQL7mqc/?lang=pt&format=pdf.

Downloads

Publicado

2021-12-10

Como Citar

Martinez, F. J. (2021). Militantes e radicais da quarta onda: o feminismo na era digital. Revista Estudos Feministas, 29(3). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2021v29n370177

Edição

Seção

Artigos