Antinomias entre a luta de classes e a formação humana: a educação enquanto locus de resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2019.e44985

Resumo

O objetivo é problematizar a Educação enquanto locus de resistência, na interlocução com a Pedagogia do Oprimido. Defende-se a Educação enquanto sinônimo de Formação Humana; sob o princípio de ultrapassar o sentido desta como mero substantivo, concebem-na como verbo do quefazer humano e adjetivo da convivência e do destino coletivo da humanidade; possibilidade concreta para a realização de interesses coletivos em detrimento dos individuais, sem restringir a liberdade do indivíduo. Da primeira aproximação com a Pedagogia do Oprimido, trata-se da necessidade de uma Educação radical, com a metáfora da raiz pivotante, que defende as técnicas educativas como processos e não como finalidades mercadológicas e servis que prezam pela manutenção da opressão do homem pelo homem. O leitor encontrará neste texto o diálogo entre a ética, as teorias e as metodologias do ensino-aprendizagem, e as aproximações destas com a prática do educador e da educadora preocupados com a transformação social.

Biografia do Autor

Filipi Vieira Amorim, Universidade Federal do Rio Grande

Doutor em Educação Ambiental pelo PPGEA-Fundação Universidade de Rio Grande, Rio Grande/RS.

Professor Adjunto no Instituto de Educação, área de Filosofia, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande/RS, Brasil. Endereço institucional: Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Instituto de Educação – IE. Av. Itália, km 8, Prédio 4. Bairro Carreiros, Rio Grande/RS, Brasil

Júlia Guimarães Neves, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPel

Alana das Neves Pedruzzi, Universidade Federal do Rio Grande

Doutora em Educação Ambiental (PPGEA-FURG).
Professora Adjunta no Instituto de Educação, área de Filosofia, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande/RS, Brasil

Tamires Lopes Podewils, Universidade Federal do Rio Grande

Doutora em Educação Ambiental pelo PPGEA-FURG. Professora Adjunta no Instituto de Educação, área de Filosofia, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, Rio Grande/RS, Brasil.

Ricardo Gauterio Cruz, Universidade Federal do Rio Grande

Doutor em Educação Ambiental pelo PPGEA-FURG. Administrador no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – IFSul, Pelotas/RS, Brasil.

Referências

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Educação Popular? São Paulo: Brasiliense, 2006.

CHAUI, Marilena. Uma nova classe trabalhadora. In: SADER, Emir (org.). 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula e Dilma. São Paulo: Boitempo, 2013.

FIORI, Ernani Maria. Prefácio. Aprender a dizer a sua palavra. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2014a.

FLEURI, Reinaldo Matias. Educar para quê? – Contra o autoritarismo da relação pedagógica na escola. São Paulo: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo. A sombra desta Mangueira. São Paulo: Olho d'Água, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2013.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2014a.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2014b.

MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel – Introdução. In: Temas de ciências humanas. Vol. 2. São Paulo: Editorial Grijalbo, 1977.

PALUDO, Conceição. Educação Popular em busca de alternativas: uma leitura desde o campo democrático e popular. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2001.

PONTUAL, Pedro Pontual; IRELAND, Timothy (Orgs.). Educação Popular na América Latina: diálogos e perspectivas. Brasília: Ministério da Educação: UNESCO, 2006.

STRECK, Danilo; ESTEBAN, Maria Teresa (Orgs.). Educação Popular: Lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013.

Downloads

Publicado

2021-06-23

Edição

Seção

Artigos