“Uns mots del traductor” a l’Odissea d’Homer / “Umas palavras do tradutor” à Odisseia de Homero

Autores

  • Carles Riba
  • Pere Comellas Universitat de Barcelona

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4237.2011n10p54

Resumo

CARLES RIBA (1893-1959) foi um exemplo quase prototípico de tradutor a serviço de “um projeto cultural e até político de maior alcance, em virtude do qual seus receptores esperavam obter os conhecimentos dos emissores originários e alcançar para sua língua o prestígio da deles” (Murgades 1994: 93). A geração da que fez parte ? e o movimento cultural e político que a caracterizou, conhecido como Noucentisme (Novocentismo) ? contribuiu entusiasticamente para a criação de uma tradição literária para a língua catalã baseada em traduções. Numa altura em que certos preconceitos linguísticos ? como a ideia de que há línguas incapazes de exprimir conteúdos esteticamente ou conceitualmente complexos ? tinham a força de certezas, mostrar que uma língua subordinada podia traduzir Shakespeare ou Homero era um ato político: “a Catalunha, por ora, uma tradução é uma obra de combate” (Riba 1915: 5). Um combate pela (re)construção de um espaço linguístico, literário e cultural que eventualmente fosse também a base para um espaço político.

Biografia do Autor

Carles Riba

Carles Riba (1893-1959) traduziu durante toda a vida. Continuou a traduzir também quando o seu mundo ruiu de repente sob a bota militar do fascismo, porque a tradução nunca deixou de ser para ele uma forma de resistência. Foi um exemplo quase prototípico de tradutor a serviço de “um projeto cultural e até político de maior alcance, em virtude do qual seus receptores esperavam  obter os conhecimentos dos emissores originários e alcançar para sua língua o prestígio da deles, contribuiu entusiasticamente para a criação de uma tradição literária para a língua catalã baseada em traduções.

Pere Comellas, Universitat de Barcelona

Pere Comellas Casanova (Cal Rosal, 1965) é diplomado em Biblioteconomia e Documentação (1986), licenciado em Filologia Portuguesa (1997) na Universidade de Barcelona, onde se doutorou no ano 2005 com uma tese sobre Representações linguísticas no ensino secundário. Traduziu várias obras literárias para o catalão e para o espanhol, especialmente de literaturas africanas em língua portuguesa, autores como Germano Almeida, José Eduardo Agualusa o Paulina Chiziane. No ano 2005 ganhou o V Prémio Giovanni Pontiero pela tradução para o catalão de Chiquinho, do autor cabo-verdiano Baltasar Lopes. Publicou artigos relacionados com as a reflexão sobre a tradução e com a diversidade linguística. É autor do livro Contra l'imperialisme lingüístic (2006).

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Publicado

2011-01-01

Edição

Seção

Trabalhos Traduzidos / Translated Texts