A forma do Direito Transnacional
DOI:
https://doi.org/10.5007/2177-7055.2021.e82466Palavras-chave:
Ensino de Geografia, Aluno, Dificuldade de aprendizagem, Desempenho.Resumo
O presente artigo objetiva avançar sobre a forma do Direito Transnacional,
partindo de pressupostos filosóficos aristotélicos até a confluência com as manifestações do Direito Transnacional. Assim, o amparo em Aristóteles decorre da
premissa de que, mesmo em espaço profundamente marcado por aspectos materiais,
a forma se sobressai e funciona como vicário para outra substância, sendo, portanto,
constatação importante para o desenvolvimento teórico do Direito Transnacional
e suas fontes normativas. Justifica-se a presente pesquisa principalmente por dois
motivos: a relevância científica e prática que o Direito Transnacional assume contemporaneamente e, por outro lado, a lacuna existente acerca da sua forma, cujos
desdobramentos incidem em posições negacionistas e/ou céticas, bem como, na
confusão entre análise dos fatos sociais e o Direito Transnacional, que impacta na
construção de padrões sobre as fontes do Direito Transnacional. Utilizou-se, para
o desenvolvimento da presente pesquisa, o método indutivo, operacionalizado
pelas técnicas de conceito operacional e da pesquisa bibliográfica.
Referências
ARISTÓTELES. Metafísica. Ensaio introdutório, texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale. 5. ed. São Paulo: Loyola, 2015.
ARNAUD, André-Jean. Governar sem fronteiras. Entre globalização e pós-globalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.
ATIENZA, Manuel. Curso de argumentación jurídica. Madrid: Trotta, 2013.
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.976/DF. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 07.05.2014.
CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
CASSESE, Sabino. Il diritto globale. Giustizia e democrazia oltre lo stato. Torino: EINAUDI, 2009.
CERVANTES, Aleida Hernández. La producción jurídica de la globalización económica. Notas de una pluralidad jurídica transnacional. Ciudad de México: UNAM, 2014.
CHAUÍ, Marilena. Introdução à história da filosofia. v. 1, 2. ed, São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
CRUZ, Paulo Márcio; PIFFER, Carla. El derecho transnacional y la consolidación de un pluralismo jurídico transnacional. Ius fugit: Revista interdisciplinar de estudios histórico-jurídicos. Zaragoza, a. 23, n. 1, dez. 2020, p. 259-275.
DEL VECCHIO, Giorgio. Moderne concezioni del diritto. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto, Milano, v. 1, n, 1, 1921, p. 06
FRYDMANN Benoit. O fim do Estado de Direito. Governar por standars e indicadores. Tradução de Jânia Saldanha. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2018.
KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
OLIVIERO, Maurizio; CRUZ, Paulo Márcio. Reflexões sobre o direito transnacional. Revista Novos Estudos Jurídicos. Itajaí, v. 17, n. 1, p. 18-28, 2012.
ORLANDI, Mauro. Istituzione e linguaggio. Rivista Internazionale di Filosofia del Diritto, Milano, v. 99, n. v, 2, 2020.
ROMANO, Santi. L’ordinamento giuridico. Firenze: Sansoni, 1946.
STAFFEN, Márcio Ricardo. Interfaces do Direito Global. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
STAFFEN, Marcio Ricardo. On the Authority of Transnational Law. Estudios Socio-Jurídicos, Bogotá, v. 23, n. 1, 2021, p. 468-485.
STAFFEN, Marcio Ricardo. Burocratizar para não corromper: o impacto de atores transnacionais nas medidas anticorrupção da estratégia nacional de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Sequência, Florianópolis, v. 41, n. 85, 2020, p. 204.
TEUBNER, Günther. Global bukowina: legal pluralism in the world society. In: TEUBNER, Günther (ed.). Global law without a state. Brookfield: Dartmouth, 1997.
VON BOGDANDY, Armin. Common principles for a plurality of orders: A study on public authority in the European legal area. International Journal of Constitutional Law, Oxford: v 12, n 4, out. 2014.
ZINGANO, Marco. Forma, matéria e definição na Metafísica de Aristóteles. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, Campinas, v. 13, n. 2, 2003.