O outro lado do rio da literatura: sobre cibercultura, literatura, literatura digital e a crítica sobre literatura
DOI :
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2021.e80621Résumé
Este artigo volta-se à problemática que insurge quando o meio digital torna-se comum graças aos avanços tecnológicos que causam modificações diretas ao modo de viver e se relacionar, principalmente entre o humano e a arte. Aqui, discute-se sobre a literatura, a literatura digital, a cibercultura e a crítica sobre a literatura, lançando mão, principalmente, da teoria de Douglas Kellner (2011), Theodor W. Adorno (1971), Walter Benjamin (1987), Manoel Portela (2003) e Everton Vinícius de Santa (2011). Neste artigo, objetiva-se refletir sobre o que consiste a cibercultura e a poética da literatura que surge no meio virtual e como a crítica sobre a literatura tende a agir de forma conservadora ao voltar seu olhar para os objetos que surgem no meio virtual buscando negar o caráter literário desses.
Références
ADORNO, Theodor W. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel. Comunicação e indústria cultural. São Paulo: Nacional; Editora da Universidade de São Paulo, 1971. (p. 287 - 295). Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1093512/mod_resource/content/1/Adorno_IndustriaCultural.pdf. Acesso em: 7 jan. 2021.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Magia e Técnica, Arte e política. Obras escolhidas I. Trad. Sérgio P. Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987. (p. 165 - 196).
GENETTE, Gérard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Ed. Viva Voz, 2010.
GUATTARI, Félix; DELEUZE, Gilles. Mil Platôs. São Paulo: Editora 34, 2011.
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia: estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Trad. Ivone Castilho Benedetti. Bauru: Edusc, 2011.
LEHMANN, Hans-thies. Teatro Pós-Dramático. São Paulo: Cosac Naify, 2007. Tradução: Pedro Süsserkind.
OLIVA, Osmar Pereira. Amizade Masculina e Homoerotismo em Dom Casmurro, de Machado De Assis. Machado Assis Linha, São Paulo, v. 10, n. 22, p. 74-93, Dec. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-68212017000300074&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 Jan. 2021. https://doi.org/10.1590/1983-6821201710226.
PORTELA, Manuel. Autoautor, autotexto, autoleitor: o poema como base de dados. Revista de Estudos Literários, nº 2, Coimbra: CLP, 2012, p. 203 - 240.
RANCIÈRE, Jacques. Políticas da Escrita. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2017. Tradução: Raquel Ramalhete, Laís Eleonora Vilanova, Ligia Vassalo e Eloisa Araújo Ribeiro.
SANTA, Everton Vinícius de. A literatura em meio digital e a crítica literária. Hipertextus - revista digital, nº 7, Recife: UFPE, 2011, p. 1 - 13.
STEINER, George. Linguagem e Silêncio: ensaios sobre a crise da palavra. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. Tradução: Gilda Stuart e Felipe Rajabally.
TÁPIA, Marcelo; NÓBREGA, Thelma Médica (org.). Haroldo de Campos: Transcriação. São Paulo: Perspectiva, 2015.
TEIXEIRA, Luís Filipe B. A reconfiguração da literatura (ficção) no contexto dos novos médias (ficção, e-textos, hipertexto e videojogos: “máquinas literárias”?). Revista de Estudos Literários, nº 2, Coimbra: CLP, 2012. (p. 241 - 276).
TODOROV, Tzvetan. A literatura em perigo. São Paulo: Ed. DIFEL, 2008. Tradução: Caio Meira.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Alice Atsuko Matsuda, Bruno Everton da Silva Bambirra Alves 2021
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Les auteurs publiant dans Texto digital donnent leur accord aux dispositions suivantes :
1. Ils conservent les droits d'auteur pour les publications ultérieures, tout en accordant à Texto digital les droits pour la première publication selon les termes de la Licence Creative Commons - Attribution 4.0 international.
2. La Licence Creative Commons - Attribution 4.0 international permet de copier et de redistribuer le matériel sur tout support ou format, ainsi que faire des adaptations, pour toute finalité.
3. Il est autorisé aux auteurs d’assumer d’autres engagements visant à la distribution de la version du document publié par Texto digital dans d’autres plate-formes, tels un répositoire institutionnel ou même un livre collectif, pourvu qu’on y fasse informer explicitement les références de la publication originale dans notre revue.