Simulações e fragmentações
algoritmos como potência de heterogeneização da cultura visual digital contemporânea
DOI :
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2022.e83703Résumé
Este artigo tem como objetivo abordar a crescente presença da inteligência artificial na vida cotidiana, bem como analisar as diversas consequências dos algoritmos de coleta massiva de dados no consumo de conteúdo cultural e artístico. Argumenta-se que a ilusão de objetividade que reside nos processos tecnológicos facilita o hábito de deixar a responsabilidade da escolha dos conteúdos a serem consumidos no dia a dia para algoritmos de curadoria como Netflix, Spotify, Google Notícias, além de colaborar para homogeneização da cultura visual. Por fim, apresento proposições de resistência ao uso massificante da tecnologia e proponho um experimento artístico baseado em tecnologia digital como linha de fuga poética para a pasteurização da cultura visual digital contemporânea.
Références
BEIGUELMAN, Giselle. As verdades dos deepfakes. Revista Zum de Fotografia, n. 18, 2020. Disponível em: https://revistazum.com.br/revista-zum-18/online/. Acesso em: 05 ago 2021.
BUCHER, Taina. The right-time web: Theorizing the kairologic of algorithmic media. new media & society, v. 22, n. 9, p. 1699-1714, 2020. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1461444820913560. Acesso em: 06 ago 2021.
COUCHOT, Edmond. Da representação à simulação: evolução das técnicas e das artes da figuração. In: PARENTE, André (org). Imagem máquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, p. 37-48, 1993.
COUCHOT, Edmond. A tecnologia na arte: da fotografia à realidade virtual. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.
CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu Editora, 2016.
D’ANDRÉA, Carlos; JURNO, Amanda. Algoritmos como um devir: uma entrevista com Taina Bucher. Parágrafo, v. 6, n. 1, p. 165-170, 2018. Disponível em: http://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/723. Acesso em: 06 ago 2021.
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Editora Escuta, 1998.
DELEUZE, Gilles. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 1. São Paulo: Editora 34, 2011.
DELEUZE, Gilles. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2, vol. 4. São Paulo: Editora 34, 2012.
DELEUZE, Gilles. Post scriptum sobre as sociedades de controle. Tradução Peter Pál Pelbart. In: DELEUZE, Gilles. Conversações: 1972-1990. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.
DUBOIS, Philippe; MONTEIRO, Lúcia Ramos. Entrevista: Philippe Dubois e a elasticidade temporal das imagens contemporâneas. Revista Zum, 07 fev 2018. Disponível em: https://revistazum.com.br/entrevistas/entrevista-philippe-dubois. Acesso em: 08 jan. 2021.
FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filosofia da fotografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.
GILLESPIE, Tarleton. A relevância dos algoritmos. Parágrafo, v. 6, n. 1, p. 95-121, 2018. Disponível em: http://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/722. Acesso em: 05 ago 2021.
HUI, Yuk. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
JAMESON, Fredric. Pós-modernidade e sociedade de consumo. Novos estudos CEBRAP, v. 12, p. 16-26, 1985
KAZANSKY, Becky; MILAN, Stefania. “Bodies not templates”: Contesting dominant algorithmic imaginaries. new media & society, v. 23, n. 2, p. 363-381, 2021. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/1461444820929316. Acesso em: 06 ago 2021.
LAURENTIZ, Paulo. A holarquia do pensamento artístico. Editora da UNICAMP, 1991.
LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996.
MACHADO, Arlindo. A ilusão especular: uma teoria da fotografia. Editorial Gustavo Gili, 2015.
MACHADO, Arlindo. Arte e mídia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010.
SIMONDON, Gilbert. A gênese do indivíduo. Cadernos de subjetividade, n. 11, p. 97-118, 2003.
ZUBOFF, Shoshana. Um capitalismo da vigilância. Le Monde Diplomatique, 3 jan 2019. Disponível em: https://diplomatique.org.br/um-capitalismo-de-vigilancia/. Acesso em: 05 ago. 2021.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Paula Davies Rezende 2022

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Les auteurs publiant dans Texto digital donnent leur accord aux dispositions suivantes :
1. Ils conservent les droits d'auteur pour les publications ultérieures, tout en accordant à Texto digital les droits pour la première publication selon les termes de la Licence Creative Commons - Attribution 4.0 international.
2. La Licence Creative Commons - Attribution 4.0 international permet de copier et de redistribuer le matériel sur tout support ou format, ainsi que faire des adaptations, pour toute finalité.
3. Il est autorisé aux auteurs d’assumer d’autres engagements visant à la distribution de la version du document publié par Texto digital dans d’autres plate-formes, tels un répositoire institutionnel ou même un livre collectif, pourvu qu’on y fasse informer explicitement les références de la publication originale dans notre revue.
