Suspense: dispositivo transmídia de Katia Maciel
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-9288.2021.e77421Resumo
Reconfigurando linguagens desde as experimentações híbridas das décadas de 1960 e 1970, a arte vem empreendendo ampla variedade de trabalhos com as mídias, a exemplo das instalações audiovisuais. A partir de uma estética não-essencialista e que considera a tecnologia, esse artigo tem como objetivo analisar o dispositivo “Suspense”, de Katia Maciel. Ele forma um campo imagético envolvendo o cinema, o vídeo, a fotografia e a literatura. Um espaço virtual que, à luz de Bergson, valoriza o tempo como duração, matéria, percepção, memória e invenção, a potencialização do corpo e o rompimento com a narrativa linear. Entre a ética pautada nas relações da natureza com o meio urbano e a estética, “Suspense" deseja forçar o pensamento e a mudança nos modos de ver e viver no mundo.
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