O silêncio: tradução ideal - da tradução total à tradução impossível

Autores

  • Vanete Dutra Santana Universidade de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2008v1n21p109

Resumo

Neste artigo, procuramos demonstrar, por meio da análise da crítica do narrador do conto “Menard, autor del Quijote”, de Jorge Luis Borges, a impossibilidade de se atingir total equivalência de sentidos no processo tradutório. Como apoio para comprovação de nossa teoria, utilizamos a tradução do primeiro artigo da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do inglês para o newspeak, a língua oficial de um estado totalitário fictício criado por George Orwell em seu romance 1984. Como metodologia, utilizamos a análise do discurso, uma vez que, ao conceber o texto em sua discursividade, ela põe em relevo como o texto significa, ao invés de instigar o analista a buscar algum significado essencial no interior do texto. Assim, podemos trabalhar com os efeitos de sentido gerados pelo texto. O que há em comum nas diferentes traduções apresentadas para o conto de Miguel de Cervantes e para o artigo da Declaração é o fato de que, a despeito de apresentarem direções opostas, ao buscarem o mesmo objetivo – traduções totalmente equivalentes –, revelam a impossibilidade da tradução.

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Publicado

14-11-2008

Como Citar

Santana, V. D. (2008). O silêncio: tradução ideal - da tradução total à tradução impossível. Cadernos De Tradução, 1(21), 109–121. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2008v1n21p109

Edição

Seção

Artigos