A tradução literária: uma arte conflitual.
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2008v2n22p9Resumo
Sem dúvida que existem diferentes posições, se não mesmo divergentes, em relação à tradução de um “texto aberto” ou literário, sobretudo quando se trata da tradução de um texto poético. Para além do lugar comum da chamada objecção prejudicial – ou seja, o negar a possibilidade de traduzir – que, felizmente, nos dias de hoje foi posta de parte, perdura, entre alguns teóricos, a concepção do tradutor como profissão e, portanto, dotado unicamente de técnica pura. Se uma tal concepção pode – mas só parcialmente e fazendo as devidas distinções – ser aceite com referência à tradução de prosa, absolutamente não se justifica em relação à tradução de poesia. Não fosse senão porque a tradução poética é tão complexa em termos de intertextualidade que representa um dos pontos de tensão mais altos entre as culturas em contacto. Partindo desta premissa, colocamos uma questão: à luz destas dificuldades e dos resultados nem sempre satisfatórios é correcto teorizar, até ao limite extremo, o acto de traduzir, em particular a tradução de poesia?
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