Paratextualidade e tradução: a paratradução da literatura infantil e juvenil
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2014v2n34p9Resumo
O objetivo deste artigo é provar a aplicação empírica, sociológia e discursiva da noção de paratradução como uma ferramenta metodológica adequada ao estudo de elementos paratextuais na tradução em geral, e, particularmente, na Tradução da Literatura Infantil e Juvenil (TRALIJ). O artigo inicia com uma visão panorâmica da investigação em TRALIJ, continua com uma extensa e atualizada introdução teórica sobre a noção de paratradução, um neologismo nos estudos da tradução introduzido pelo autor na criação do grupo de pesquisa Tradução & Paratradução da Universidade de Vigo. Prossegue com a descrição detalhada, a análise pormenorizada e o estudo crítico completo do corpus constituído por um trabalho efetivo de TRALIJ solicitado pela editora espanhola Imaginarium, que consistiu na tradução para o espanhol de dois livros infantis escritos em francês. Apresenta-se uma leitura e a interpretação da simbologia das listras utilizada no desenho tipográfico da letra dos títulos dos dois livros da edição francesa, com a finalidade de comprovar como se realizou, na edição espanhola, a paratradução de tal tipografia. O artigo finaliza apontando a premente necessidade de aceitar na prática da tradução uma ética do limiar, implícita na própria noção de paratradução, com o intuito de estabelecer, de uma vez por todas, um diálogo permanente entre tradutores e editores, a fim de garantir que nenhuma tradução seja publicada sem sua devida paratradução.
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