Língua e cultura organizacional no instituto Oswaldo Cruz: 1900-1930
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n1p230Resumo
A literatura médica consumida e produzida pelo Instituto Oswaldo Cruz e a circulação do seu pessoal por instituições estrangeiras, desde a sua criação em 1900 até o golpe de estado no Brasil, que conduziu Vargas ao poder em 1930, testemunham a natureza complexa, multilingue e internacional do intercâmbio científico durante e para além da belle époque, ao mesmo tempo que desafiam noções de comportamento associado a modelos coloniais econômicos. Para explorar os parâmetros da cultura organizacional do Instituto nos seus primórdios no que diz respeito à língua, analisar-se-ão três das suas publicações referentes ao período em análise: um livreto promocional em alemão de 1911, que lista as revistas assinadas pelo Instituto e as publicações dos seus investigadores; um travelogue de 1929 em língua inglesa sobre os centros de tratamento de lepra que existiam mundialmente; e a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (1909-), que, durante o período, publicou artigos em cinco línguas. Os resultados indicam que a política linguística do Instituto, flexível e avidamente multilingue, parcialmente devido à situação política periférica do Brasil, conduziu a uma forte posição multilateral na comunidade científica que lhe proporcionou visibilidade e reconhecimento como um igual na então emergente área internacional da Medicina Tropical.
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