Língua e cultura organizacional no instituto Oswaldo Cruz: 1900-1930

Autores

  • William Franklin Hanes Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n1p230

Resumo

A literatura médica consumida e produzida pelo Instituto Oswaldo Cruz e a circulação do seu pessoal por instituições estrangeiras, desde a sua criação em 1900 até o golpe de estado no Brasil, que conduziu Vargas ao poder em 1930, testemunham a natureza complexa, multilingue e internacional do intercâmbio científico durante e para além da belle époque, ao mesmo tempo que desafiam noções de comportamento associado a modelos coloniais econômicos. Para explorar os parâmetros da cultura organizacional do Instituto nos seus primórdios no que diz respeito à língua, analisar-se-ão três das suas publicações referentes ao período em análise: um livreto promocional em alemão de 1911, que lista as revistas assinadas pelo Instituto e as publicações dos seus investigadores; um travelogue de 1929 em língua inglesa sobre os centros de tratamento de lepra que existiam mundialmente; e a revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (1909-), que, durante o período, publicou artigos em cinco línguas. Os resultados indicam que a política linguística do Instituto, flexível e avidamente multilingue, parcialmente devido à situação política periférica do Brasil, conduziu a uma forte posição multilateral na comunidade científica que lhe proporcionou visibilidade e reconhecimento como um igual na então emergente área internacional da Medicina Tropical.

Biografia do Autor

William Franklin Hanes, Universidade Federal de Santa Catarina

William Franklin Hanes: PhD in Translation Studies (2016) from the Federal University of Santa Catarina, Brazil. Bachelor of Fine Artes (1996) from the University of North Carolina at Greensboro (UNCG), United States of America. Florianopolis, Santa Catarina, Brazil. E-mail: hanes.wf@gmail.com

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Publicado

09-01-2017

Como Citar

Hanes, W. F. (2017). Língua e cultura organizacional no instituto Oswaldo Cruz: 1900-1930. Cadernos De Tradução, 37(1), 230–258. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n1p230