Gênero, sexo e sexualidade na educação infantil: o que dizem os documentos da rede municipal de ensino de Florianópolis

Autores

  • Karine Zimmer da Silva Especialista pelo GDE e Pedagoga pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora de educação infantil na rede municipal de Florianópolis.
  • Márcia Buss-Simão Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1980-4512.2018v20n37p27

Resumo

O presente texto é um recorte de uma pesquisa, em nível de especialização, que teve como problemática e objetivo localizar, nos documentos da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis, concepções a respeito de gênero, sexo e sexualidade. Para alcançar tal objetivo utilizou como metodologia a pesquisa documental qualitativa nos documentos selecionados: a) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2009); b) Orientações Curriculares para a Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (2012); c) Currículo da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis (2015). Para as análises recorreu-se a Técnica de Análise de Conteúdo visando localizar e analisar as presenças e/ou ausências das palavras-chaves selecionadas para a busca nos documentos: crianças, meninas, meninos, diversidade, gênero, sexo, sexualidade, masculino, feminino, masculinidade, feminilidade, mulher e homem. Para as análises aos referenciais teóricos de estudos de gênero e sexualidade, especialmente os que tratam dessa temática em contextos educativos foram resgatados. As análises indicam que algumas destas palavras são utilizadas para universalizar determinado sujeito, outras não são localizadas em alguns documentos e outras, ainda, vem diminuindo seu uso de um documento para outro. O que fica evidente é que o uso das palavras não é neutro e revelam concepções e reproduzem estereótipos.

Biografia do Autor

Karine Zimmer da Silva, Especialista pelo GDE e Pedagoga pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora de educação infantil na rede municipal de Florianópolis.

Especialista pelo GDE e Pedagoga pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professora de educação infantil na rede municipal de Florianópolis.

Márcia Buss-Simão, Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, Santa Catarina

Professora do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNISUL. Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal de Santa Catarina na linha de pesquisa Ensino e Formação de Educadores. É pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Educação na Pequena Infância (NUPEIN)

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Publicado

2018-05-21