A teoria histórico-cultural como possibilidade para o pensar e o agir docente na educação infantil: o triplo protagonismo entre a criança, o professor e a cultura
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2018v20n38p322Resumo
Tendo em vista a criança pequena e a adequação das práticas dos (as) professores(as) da educação infantil, elencamos, neste texto, algumas reflexões sobre o atendimento àinfância e à criança no âmbito das políticas públicas, com objetivo de discutir o protagonismoda criança, do professor e da cultura, como possibilidades no pensar e agir docente. Ametodologia é qualitativa, com enfoque bibliográfico, documental e de campo. Apresentamosuma base teórica que pode contribuir com as práticas pedagógicas dos (as) professores (as),que atuam com as crianças de zero até seis anos. O texto foi organizado de acordo com aperspectiva da teoria histórico-cultural, que explica o desenvolvimento humano a partir dasdeterminações sociais e culturais. Os resultados indicam que, por meio da teoria histórico-cultural, é possível desenvolver a cultura escrita com as crianças pequenas, respeitando a suaidade e suas especificidades. Enfatizamos que não estamos aqui defendendo a alfabetizaçãona Educação Infantil, mas a linguagem oral e escrita, articulada com as demais linguagens.
Referências
ASBARH, F. da S. F.; NASCIMENTO, C.P. Criança não é manga: não amadurece. Conceito de Maturação na teoria histórico-cultural. Psicologia: ciência e profissão. v. 33, n. 2, 2013.
ARENA, D.B. O Ensino do ato de ler e suas contradições. In: Ensino em Re-Vista, Uberlândia, 17 (1), jan./jun. 2010.
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 1998. 3v.
BRASIL.Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, 2010.
BRASIL.Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069/1990. Brasília-DF: Câmara dos Deputados: 1990.
BRASIL. Ensino Fundamental de Nove Anos–Orientações Gerais. Brasília: MEC, 2004.
BRASIL.Lei do Ensino Fundamental dos Nove Anos – Lei nº 11.114, de 2005.
BRASIL.Lei do Ensino Fundamental dos Nove Anos – Lei nº 11.274, de 2006.
BRASIL.Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9.394/1996. Brasília: 1996.
BRASIL.Base Curricular Comum Nacional. Brasília: MEC 2015.
ESPINDOLA, Ana Lucia; SOUZA, Regina Aparecida Marques de. O lugar da cultura escrita na educação da criança: pode a escrita roubar a infância? In: BRASIL. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. A criança no ciclo de alfabetização. Caderno 2. Brasília: MEC, 2015. p. 47-55.
HOUAISS, Antonio. Dicionário eletrônico da Língua Portuguesa. Produzido e distribuído por Editora Objetiva Ltda. Sáo Paulo, 2006.
KRAMER, Sonia. Infância e sua singularidade. In: BRASIL, Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: Ministério da Educação, 2007.
LEONTIEV, A. N. Uma contribuição à Teoria do Desenvolvimento Infantil. In: VIGOSTSKII, L. S.; LURIA. A. R.; LEONTIEV. A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1998. p. 59-84.
LUGLE, A. K. e MELLO, S. A. Produção de sentido para a linguagem escrita e formação da atitude leitora/autora.Revista Educação. PUC – Campinas, Campinas, 20 (3): 187-199, set./dez. 2015.
MELLO, Suely Amaral. Algumas Implicações Pedagógicas da Escola de Vygotsky para a Educação Infantil. Pro-Posições. Campinas, v.10, n.1, p. 16-27, 1999.
MELLO, S. A. O processo de aquisição da escrita na Educação Infantil: Contribuição de Vigotski. In: GOULART, A.L.; MELLO, S. A (Org.). Linguagens infantis: outras formas de leitura. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
MELLO, S. A. Ensinar e aprender a linguagem escrita na perspectiva histórico-cultural.Psicologia Política. v.10 n.20 São Paulo dez. 2010.
MELLO, S. A. e FARIAS, M. A. S. e. A Escola como Lugar da Cultura mais elaborada.Revista Educação. Santa Maria, v. 35, 2010a.
MELLO, Suely Amaral. Ensinar e aprender a linguagem escrita na perspectiva histórico-cultural. Psicologia Política. vol.10 n.20 São Paulo dez. 2010b.
MELLO, Suely Amaral. A questão do meio da pedalogia e suas implicações pedagógicas. Psicologia USP, São Paulo, 2010c.
MELLO, SuelyAmaral. Letramento e alfabetização na Educação Infantil, ou melhor, formação da atitude leitora e produtora de textos nas crianças. In: VAZ, Alexandre Fernandez. MOMM, Caroline Machado (Orgs.). Educação infantil e sociedade: questões contemporâneas. Nova Petrópolis: Nova Harmonia, 2012.
PRESTES, Zoia Ribeiro. Quando não é quase a mesma coisa: Análises de traduções de Lev SeminovitchVigotski no Brasil – Repercussões no campo educacional. Universidade de Brasília, Brasília, Tese de Doutorado, 2010.
VIGOTSKI, L. S. Quarta aula:a questão do meio na pedologia. Tradução de Márcia Pileggi Vinha. Revista Psicologia USP. São Paulo, 2010, 21(4), 681-701.
VYGOTSKI, L. S. A pré-história do desenvolvimento da linguagem escrita.Tradução por Suely Amaral Mello e Regina Aparecida Marques de Souza [do original VYGOTSKI, Lev Semenovich. La pre-historiadeldesarrollodellenguaje escrito. In: VYGOTSKI, Lev Semenovich. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1995. 3v.]. 2015. (mimeo).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Regina Aparecida Marques de Souza, Nair Terezinha Gonzaga Rosa de Oliveira, Lene Cristina Salles da Cruz

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
As pessoas autoras cedem à revista Zero-a-Seis os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
As pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
