Uma pesquisa em movimento: crianças, terra, minhocas e... mãos à horta
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2020v22n41p253Resumo
Afirmamos um modo de pesquisar com as crianças fundado na ‘epistemologia da escuta’ - uma atitude investigativa que envolve o estar à escuta, atenta as complexas relações entre o ouvir e o entender. Buscamos ouvir as crianças em outros registros, atentas ao seu dizer singular que coloca os sentidos instalados em ‘estado de borda’ e tecem encontros inventivos na Creche UFF - locus da presente investigação. Narramos a experiência de construção da horta da Creche UFF, coletivamente vivida com crianças de 2 (dois) a 6 (seis) anos e estudantes de graduação do Curso de Pedagogia-UFF. A pesquisa tem como foco os acontecimentos vividos pelas crianças e, os processos pedagógicos inventados na construção da Horta da Creche. Os resultados obtidos nos permitem compreender o ato de conhecer como experiência intensa que mobiliza emoções e desejos. Afirmamos a curiosidade espontânea da criança como potencializadora de novos conhecimentos pelo exercício da ‘curiosidade epistemológica’ e defendemos uma educação infantil dialógica e democrática.
Referências
ARENDT, Hannah. A Crise da Educação. In: POMBO, O. Prefácio e Tradução. Quatro textos Excêntricos. Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2000, p.21-52
BENJAMIN, Walter. Mágia e Técnica. Arte e Política II. A Infância em Berlim por volta de 1900. Rio de Janeiro. Editora: Brasiliense, 1993, 3ª ed.
BERNARDO, Isabela. Caderno de Campo. Registro de Pesquisa. Niterói: UFF, 08/11/2017.
BRASIL. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS). Brasília: Ministério da Saúde, 2009, 298 pgs.
CHARTIER, Émile (Alain). Reflexões sobre a Educação. São Paulo, Saraiva, 1978.
COLINVAUX, Dominique (Organizadora). Cadernos da Creche UFF. Niterói: EDUFF, 2011
DELEUZE, Giles. Conversações. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008.
FONTENELLE, L. Criança e Consumo (Organizadora). Instituto Alana: São Paulo, 2016.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antônio. Pedagogia da Pergunta. São Paulo: Paz e Terra, 1985, 2ª ed.
FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e Ousadia. O cotidiano do professor. São Paulo: Paz e Terra, 1993, 5ª ed.
GARCIA, Regina Leite. Revisitando a Pré-Escola (Organizadora). São Paulo: Cortez, 2005, 6ª ed.
GERALDI, Wanderley. A aula como acontecimento. São Carlos: Pedro & João Editores, 2010
HERNÁNDES, Fernando; VENTURA, Montserrat. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Porto Alegre: Artemed, 1998.
MONTUANO, Jessica; BOTELHO, Julia. Caderno de Campo. Niterói: UFF, 2017, 25/09/2017.
MOLINA, Simone. Narrativa de uma experiência de formação. Relatório de Pesquisa. Niterói: UFF, 2017, 45 pgs.
PÉREZ, SILVESTRI, Monica Ledo As teorias em movimento e a conversa como metodologia na formação de professoras. In: Revista Interinstitucional Artes de Educar, v.2, nº3. Rio de Janeiro: UNIRIO/UFRRJ/UERJ-FFP, 2016, pp:48-62
PNUD, IPEA. Atas do desenvolvimento humano nas regiões metropolitanas brasileiras. Brasília: PNUD, 2014, 120 pgs.
SOUZA, Solange Jobim de. Por uma crítica dos modos de subjetivação na cultura do consumo: crianças e adultos em ação. In: FONTENELLE, L. Criança e Consumo. Instituto Alana: São Paulo, 2016.
SOUZA, Luana Silva de. Narrativas, trocas, relações de afeto: experiências e aprendizagens num processo de formação em ação. Relatório de Pesquisa. Niterói: UFF, 2017. 53 pgs.
TEIXEIRA, Letícia dos Santos. Caderno de Campo. Registro de pesquisa. Niterói: UFF, 2016.
TEIXEIRA, Letícia dos Santos. Alegria na Escola. Uma utopia? Relatório de Pesquisa. Niterói: UFF, 2016b, 78 pgs.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As pessoas autoras cedem à revista Zero-a-Seis os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico.
As pessoas autoras têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.