Perguntas de discentes e docentes como disparadoras de/para experiências estéticas no processo de alfabetização
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e84593Palavras-chave:
Formação literária, Prática pedagógica, Dialogia, DiscursoResumo
Este texto traz algumas considerações decorrentes de uma pesquisa de Doutorado cujo objetivo principal foi compreender como as políticas públicas relacionadas à formação literária, aos espaços de leitura e à alfabetização são elaboradas e como estas são atuadas no contexto da prática de duas escolas de um município da região metropolitana do Rio de Janeiro. Considerando que a literatura é um direito humano por desempenhar um fundamental papel na constituição da alteridade e da vivência social, argumentamos sobre a importância de que as crianças tenham acesso à experiência com a literatura e advogamos que a escola seja um espaço para a formação leitora a partir de práticas dialógicas e estéticas. Esta pesquisa objetivou apresentar exemplos de práticas de atuação voltadas para a formação literária no contexto de duas escolas públicas, recorrendo para isso a entrevistas narrativas com diferentes profissionais. Os discursos demonstram como no contexto investigado as crianças são vistas enquanto sujeitos atuantes tanto nas ações como no planejamento destas e como as perguntas são pontos de partida significativos para o trabalho docente.
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