A sub-existência das sensibilidades na educação infantil: detalhes à margem na relação pedagógica
DOI:
https://doi.org/10.5007/1980-4512.2022.e84660Palavras-chave:
Educação Infantil, Experiências Estéticas, Infâncias, SensibilidadesResumo
Este artigo tem como objetivo principal reconhecer as múltiplas facetas de sub-existência e/ou subsistência das experiências estéticas nos contextos de Educação Infantil, percebendo as possibilidades que as crianças encontram para a compreensão de si e do outro e para manifestar e compartilhar vivências, ideias e questionamentos. A pesquisa segue a abordagem qualitativa de cunho hermenêutico e crítico, tendo como instrumentos de coleta o diário de bordo e as experiências de observações. A argumentação considera a complexidade das infâncias e a necessária transgressão estética para a compreensão da riqueza e singularidade da linguagem expressiva que as crianças carregam. No cotidiano da Educação Infantil, as manifestações das crianças, ainda que não reconhecidas pela professora, persistem como detalhes que navegam à margem das expectativas de uma prática curricular sedimentada.
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